domingo, 16 de outubro de 2011

Cansei

Todo mundo tem um limite para tudo, e o meu acabou com relação ao meu ex. Estou cansada e não vou mais ficar me lamentando porque não deu certo. A vida é assim, o que eu posso fazer? Nada. Mas a verdade é que é difícil ser amiga do ex, muito complicado fazer o caminho inverso, de namorado para amigo. É confuso, estranho e eu não estou conseguindo.

Quem souber me ajuda...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Decepção

As vezes eu espero um comportamento de um amigo, de um ex-namorado, mas as pessoas são complicadas, são diferentes do que a gente imagina. A verdade é que eu não conheço ninguém 100%. A verdade é que eu idealizei um ser humano diferente, e a decepção foi grande.

São dois pesos e duas medidas. Quando sou eu que faço algo não sou perdoada, na verdade eu sou esculhambada, criticada, julgada e a todo hora escuto que preciso mudar. E mais, que brinco demais, mas nenhuma brincadeira se compara ao que um idiota fez na noite da última quinta-feira, 6.

Vou tentar resumir o motivo da minha chateação. Ontem sai com meu ex-namorado, fomos ao shopping, pagamos umas contas e comemos. Eu já estava estressada antes dele chegar, também ele me ligou falando para eu sair cedo de casa, para não me atrasar e foi exatamente isso que eu fiz. Cheguei cedo e esperei quase 1h30 pelo bonito.

Quando ele chegou eu me arrependi de ter ido, ele foi comprar o ingresso do Asa, logo do show que eu já tinha comprado ingresso. Eu fico imaginando encontrar com ele no dia 11 de outubro no meio da multidão, mais um estresse. Só que esse foi pequeno para o que iria acontecer.

IMAGENS PERDIDAS

Na última segunda-feira, 3, meu ex perdeu o pendrive e ontem um amigo dele ligou para falar que tinha recebidos fotos dele com uma mulher, na hora ficamos imaginando que fotos seriam essas, e quem mais teria recebido as tais imagens. Ficamos estressados, mas na sequencia outro amigo dele ligou, o sem noção do meu ex começou a falar o que estava acontecendo e do outro lado da linha o muy amigo só ria, depois falou que era brincadeira.

Ufa, um susto e um estresse desnecessário, mas em vez do meu ex se chatear com essa brincadeira sem graça. O palhaço do meu ex-namorado levou na boa, porque esse tal amigo pode fazer tudo. Uma brincadeira imbecil, de um sem noção que acha que pode se divertir com tudo. E olha que era eu que tinha que crescer, segundo meu ex, mas é ele que precisa mensurar melhor as situações e amadurecer.

Cansei, não vou ficar mais imaginando nada... estou triste, decepcionada e querendo que o tempo se encarregue de me fazer esquecer das coisas que só me fazem sofrer. Recomeçar é preciso, é urgente...

E ainda para completar ontem era dia 6 de outubro, o dia que comemoraria 2 anos e um mês de namoro. Porém, vou lembrar desta data com tristeza.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Recomeço...

É difícil encontrar de novo com o ex-namorado, fica aquele clima estranho. Eu não sei o que falar e tento tratá-lo como um amigo, mas ele não é meu amigo. Pelo menos ainda não. O meu sentimento não mudou, ainda o amo, mas tenho que recomeçar. Ando um pouco estressada, cansada fisicamente e tentado gastar todas as minhas energias no trabalho...

Saudades da relação que acabou, porém, é preciso recomeçar...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estou triste...

Final de namoro é mesmo algo muito difícil. Nem sempre as duas partes concordam que o melhor é o FIM. É uma droga, porque na maioria das vezes a decisão de terminar é de um só, ou seja, no começo do namoro as duas partes entram em acordo e iniciam uma relação. Mas na hora de terminar a coisa muda de figura, uma parte só decide.
Não me entendam mal, não acho que alguém deve continuar numa relação só porque a outra pessoa ainda quer. Não é isso, é porque é ruim demais quando um namoro/casamento acaba, e ainda mais quando existe amor.
E é o meu caso, ainda amo meu ex-namorado, não terminamos porque eu quis, não foi uma escolha minha. Porém, confesso que a relação vinha se desgastando nesses últimos dois anos, mas mesmo assim eu ainda acreditava que as coisas pudessem mudar.
A verdade é que ando deprimida, as vezes a saudade parece me perseguir. Recomeçar é necessário,é o que eu realmente preciso, só que não está sendo fácil, porque o amor, esse ainda não acabou...

sábado, 24 de setembro de 2011

Sábado - queria que fosse um dia de sol

Acordei sem muita vontade de me levantar... Mas como eu faço ronda, nada de voltar para cama. Corri para o banheiro, tomei aquele banho gelado, que levanta até defunto, e fui me arrumar... Nada de muita produção, calça jeans, camisa e um sandália para descansar meus pés dos sapatos que uso durante a semana.

Por volta das 6h, meu celular toca, do outro lado da linha eu escuto a seguinte frase "estou aqui". É seu Rui, o motorista do jornal, que me avisa que já está me aguardando na portaria do meu condomínio para a minha obrigação quase que diária: fazer a bendita RONDA (só descanso mesmo dela no domingo.

E o que isso? De segunda a sábado, eu saiu de casa e vou direto para o Instituto Médico Legal - IML -, depois sigo para a Delegacia Plantonista. Vejo quem morreu, como morreu, onde foi que aconteceu a morto. Casos de assassinato, suicídio... Já na delegacia eu fico sabendo dos assaltos, furtos, apreensão de drogas e quem foi preso nas últimas 24 horas.

Ou seja, começo meu dia carregada de situações tristes. E hoje por sinal, nem fui contemplada com um dia de sol, acordei e o tempo estava cinza, ainda peguei chuva na Delegacia Plantonista, me molhei e tive a sensação de que um caminhão me atropelou...

Sendo assim o que eu mais queria mesmo era ter um ‘Dia de Sol’... A minha fé é que o sábado ainda não terminou e a noite vou para o casamento da minha chefe Lau... Vou me animar, porque ela só merece muitas energias positivas.

domingo, 31 de julho de 2011

Dia de domingo...

Domingo é meu dia favorito... aproveito esse dia para descansar, acordar depois das dez, assistir TV e ficar o máximo do meu tempo no sofá. A verdade que dia de domingo eu não tenho pressa para nada, tudo pode ser feito de formar bem lenta, sem a necessidade da correria da semana.

E sabe porque valorizo tanto o meu domingo? Porque eu acordo as 5h, de segunda a sábado, saiu para trabalhar as 5h40. É nesse horário que entro no carro do Cinform e sigo para o Instituto Médico Legal - IML -, lá vejo quem morreu, como morreu e onde morreu... Depois disso, vou para a Delegacia Plantonista registrar quantos roubos aconteceram, quem foi preso nas últimas 24 horas... e depois de anotar todos os casos vou para o trabalho.

Eu sou jornalista do Cinform Online, e com os dados coletados no IML e na Delegacia Plantonista faço as primeiras matérias do dia, numa correria, porque depois tenho que escrever sobre outros assuntos. Portanto, dia de domingo, é meu dia de sol... nada de escrever matérias sobre a partida de alguém, nem sobre a prisão de traficantes, de ladrões de moto, carro... Domingo estou livre de tudo isso...

domingo, 15 de maio de 2011

Homofobia: combata esse tipo de discriminação

Por Andréa Oliveira (Matéria publica no Cinform Online)

“Sexualidade é só uma parte do que somos”. O autor dessa frase é desconhecido, mas ela se encaixa perfeitamente ao tema em questão – Homofobia (homo = igual, fobia = medo). E o que esse termo significa? Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a lésbicas, gays, travestis e transgêneros (a comunidade LGBTT).

A pessoa homofobica tem um comportamento crítico e hostil contra a comunidade LGBTT. Por não aceitar a orientação sexual desse grupo, acaba assim o discriminando. Alguns até chegam a cometer atos de violência e até mesmo assassinatos contra os homossexuais.

Segundo o professor Luiz Mott, que é militante do Grupo Gay da Bahia, em 2010 ocorreram 260 mortes de homossexuais no Brasil. Sendo 44% de mortes de gays, 42% de travestis e 14% de lésbicas. Ou seja, a cada um dia e meio ocorria a morte de um homossexual no país.

Mas então onde fica a liberdade do cidadão de ser o que é? Se ele ao assumir sua homossexualidade sofre os olhares de uma sociedade, que em vez de aceitar as diferenças, quer impor a adoção de um comportamento heterossexual.

"A orientação sexual do individuo não deve em hipótese nenhuma determinar como ele será tratado", diz a pedagoga Ana Carolina Santos. Ser gay, lésbica, bissexual, travesti ou heterossexual não torna o sujeito melhor ou pior. Isso é até obvio. Ou, por acaso, ser heterossexual é sinônimo de honestidade? Se isso fosse verdade nem um hetero seria responsável por crime algum.

“Respeitar a orientação sexual de cada um é um passo importante na luta contra o preconceito”, acredita Ana Carolina. O outro passo foi dado no dia 5 de maio, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal – STF – por unanimidade garantiram aos homossexuais os mesmos direitos dos heterossexuais.

A partir de agora, a união homoafetiva passa a ser considerada como entidade familiar. Ou seja, para a Justiça brasileira não há mais diferenças entre casais homossexuais e heterossexuais. Os casais gays poderão assim formar família com os mesmos direitos dos casais heterossexuais, o que significa dizer que poderão se casar no civil, compartilhar pensão e aposentadoria, plano de saúde e bens. E mais, essa decisão também vai facilitar o caminho para a adoção.

Os ministros do STF não fizeram nada mais do que ratificar direitos que deveriam ser de todos. Porque a Constituição Federal de 1988 define como objeto fundamental da República (art. 3°, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”.

Afinal de contas, os membros da comunidade LGBTT não pagam menos impostos porque se relacionam com pessoas do mesmo sexo, nem recebem descontos por isso. Então, o Supremo só fez valer os seus direitos. Porque os deveres nunca deixaram de ser cumpridos, muito menos cobrados dos homossexuais.

DADOS DA VIOLÊNCIA

É preciso que a sociedade compreenda que a homofobia gera crimes bárbaros. Como por exemplo, o caso do professor Jackson Santos de Jesus, 35 anos, que foi morto por dois homens em seu apartamento, localizada no Jardim Universitário, conjunto Rosa Elze, em São Cristovão, no dia 30 de janeiro deste ano.

De acordo com Augusto César, delegado da Polícia Civil, a vítima teria contratado os serviços de Diego da Silva Alves e Maicon Douglas Santos Massarato, conhecido como ‘Paulista’ para realizarem um programa sexual. Mas no apartamento, os criminosos amarraram o professor nu com os lençóis da cama e em seguida, o estrangularam.

Após matarem o professor, os dois rapazes começaram a roubar os objetos eletrônicos da residência, como câmeras, aparelhos de DVD. Mas Diego e Maicon não saíram impunes e foram detidos no mesmo dia. Vizinhos do professor ouviram os barulhos e acionaram a policia.

O sociólogo José Marcelo Domingos de Oliveira realizou um levantamento dos assassinatos de homossexuais de 1960 a 2010 em Sergipe. Segundo seu estudo, o perfil das vítimas e dos assassinos de gays em Sergipe são bem antagônicos. O gay em geral é rico e bem instruído e o assassino é pobre e com baixa instrução.

Para conseguir catalogar esses casos, ele apurou o crime desde o dia que a notícia saiu na imprensa até o julgamento dos envolvidos nos homocídios. A pesquisa do professor Marcelo é tão esmiuçadora que elevou Sergipe a condição de estado pioneiro na catalogação de crimes contra gays.

Nesse estudo ficou evidenciado que 33% dos homocídios foram realizados com arma de fogo, seguido por 30% arma branca. E que o local desses crimes em 42% dos casos ocorreu no domicilio da vítima. Nessa catalogação também foi possível identificar o motivo do crime que em 35% dos casos foi motivado por latrocínio, que significa roubo seguido de morte.

O Estado está em 9° lugar no ranking nacional. E a Região Nordeste assume a primeira colocação em número de homocídios, que significa o assassinato de homossexuais. De acordo com o professor, Luiz Mott, a região registrou em 2010, 43% dos assassinatos de homossexuais do país.

Pelo visto, aqui o discurso “nordestino é cabra da peste” enraíza a questão da masculinidade como algo natural do ser humano. Tornando a região o lugar mais perigoso para a comunidade LGBTT.

CENTRO DE REFERÊNCIA

Em caso de discriminação, agressão ou violação dos direitos da comunidade LGBTT, existe um lugar para acolher os homossexuais. Esse porto seguro é o Centro de Referência e Combate à Homofobia – CCH –, da Secretaria da Segurança Pública, localizado na Rua de Campos, n° 84, bairro São José.

O Centro fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. O contato pode ser feito pessoalmente ou através do telefone: 3213-7941 e pelos e-mails: centro.combateahomofobia@yahoo.com.br / centro.combateahomofobia@ssp.se.gov.br.

De acordo com, a psicóloga Cláudia Amélia Silveira Andrade, coordenadora do centro, o objetivo principal da entidade é promover capacitação, cursos e seminários a fim de sensibilizar a população LGBTT e a sociedade. “Os profissionais do centro atuam em três áreas: psicológica, jurídica e de assistência social”, conta a psicóloga.

O CCH realiza fóruns de discussões, palestras, seminários e conferências, possibilitando a organização da sociedade em busca de avanços políticos, sociais e legais. “O intuito maior do centro é criar redes municipais de apoio aos homossexuais. Tornando-as independentes para realizarem suas atividades de combate a homofobia e dando visibilidade maior a comunidade LGBTT”, explica Claúdia Andrade.

Segundo Edna Lima Cavalcante, assistente social do centro, existem em Sergipe 14 entidades LGBTT, e que elas estão cada vez mais fortes, unidas e determinadas a intensificar a luta contra a homofobia. “É através da educação que iremos conseguir diminuir os casos de violência e desrespeito aos homossexuais”, enfatiza. Ela explica ainda que é preciso dar visibilidade a essa questão, tratar sobre a homofobia dentro das escolas.

“É necessário que a sociedade entenda que a homossexualidade não é uma questão de opção. Ninguém diz hoje eu sou gay, mas amanhã não serei. É na verdade uma orientação sexual”, explica a psicóloga Cláudia Andrade.

Ou seja, a palavra chave contra a homofobia é o respeito. O individuo tem o direito de viver a sua sexualidade. E que não é o fato de ser homossexual que define o ser humano, mas sim seus atos na vida social.

CENSO 2011

Pela primeira vez na história do Censo no Brasil foi registrado o número de indivíduos que admitiram viver com pessoas do mesmo sexo. No Brasil, mais de 60 mil casais assumiram no questionário que vivem uma relação homoafetiva. Em Sergipe, são 440.

Mas de acordo com Rosa Reis, diretora-presidente do Movimento Lésbico de Aracaju ‘Greta Garbo’, estes números não refletem a realidade. "A maioria das mulheres lésbicas não se assumem por causa da discriminação que é muito forte, tanto na família quanto na sociedade que ainda é muito conservadora", afirma Rosa Reis.

ENQUETE

O Cinform Online perguntou se “Você concordaria se casais homossexuais pudessem adotar filhos? E a maioria respondeu que não concorda. Dos 4.398 internautas que responderam o questionamento, 2.240 afirmaram que ‘Não’ e 2.125 disseram ‘Sim’.

A diferença foi pequena e mostra que a sociedade ainda está dividida quando o tema envolve a homossexualidade. Apenas 33 pessoas responderam que não tinham opinião formada sobre o assunto.

Na terça-feira, 17 de maio será comemorado o Dia Mundial, Estadual e municipal de Combate à Homofobia.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

HIV/Aids: mulher soropositiva pode sim ter filhos saudáveis

Matéria publicada no www.cinform.com.br

Por Andréa Oliveira

A pergunta mais frequente que passa na cabeça das pessoas é a seguinte: Mulher com HIV/Aids pode gerar filhos saudáveis? A reposta é sim e Gisele Dantas, soropositiva há 13 anos, é um exemplo disso. Hoje viúva e mãe de dois filhos – um deles foi gerado quando ela já estava infectada –, ela descobriu que tinha HIV quando estava grávida e após realizar alguns exames de rastreamento de sangue.

Nessa hora difícil, ainda sofreu um novo baque. “Quando descobri a doença eu tinha mais de 13 anos de convivência com meu companheiro e foi muito difícil porque ele me deixou”, conta. A criança não sobreviveu, mas isso nada teve a ver com a doença da mãe soropositiva. “Meu bebê não morreu por conta do HIV, mas sim por incompatibilidade de sangue. Porque o meu é O negativo e o do pai era A positivo. E meu filho também teve má formação cerebral”, disse.

Mas a doença não impediu Gisele de engravidar novamente. “Quando eu descobri que estava grávida, eu achava que estava assassinando mais uma criança, colocando uma criança no mundo doente. Mas isso é mito. Nós mulheres soropositivas podemos ter filhos saudáveis, e temos sim que fazer um controle”, conta. Hoje, a criança já tem 10 anos e é negativo para o HIV.

CUIDADOS

Durante a gestação, a mulher soropositiva deve realizar as visitas ao médico, começar a terapia antirretroviral seguindo as orientações do médico e do serviço de referência para pessoas que convivem com o HIV/Aids, fazer os exames para avaliação de sua imunidade (exame de CD4) e da quantidade de vírus (carga viral) em circulação em seu organismo.

Ela será submetida ao parto assistido, onde será realizada uma cesariana. Quatro horas antes do parto toma uma profilaxia na veia e quando o bebê nasce ele toma um xarope durante 45 dias. A mãe não pode amamentar a criança. Seguindo todos esses procedimentos, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV.

MEDICAMENTO

Para manter a doença sob controle é preciso que as pacientes façam a adesão ao tratamento. Dessa maneira, conseguem controlar sua carga viral e o CD4.“Muitas vezes a paciente acredita que está bem e que pode parar de tomar a medicação, e se engana porque, ao parar de tomar a medicação, se torna mais vulnerável a outras doenças. Com isso, acaba prejudicando o tratamento e tendo que recomeçar o longo caminho que já percorreu, mudando a medicação porque a anterior poderá não ter o mesmo efeito”, explica Almir Santana.

“Eu falhei no tratamento nas três primeiras vezes, porque achei que estava bem. Não dei ênfase à medicação e acabei abusando de noites de farra, bebendo”, lamenta Gisele. Quando ela descobriu que estava com Aids seu CD4 era 10, baixíssimo, e ela pesava 47 quilos, mas há sete anos vem seguindo a risca o tratamento e as mudanças são visíveis. “Hoje peso 89 quilos e o meu o CD4 é mil e alguma coisa, a carga viral já tá indetectável há sete anos por conta desse quarto esquema que eu estou seguindo a risca”, comemora.

De acordo com o médico Almir Santana, o Sistema Único de Saúde disponibiliza 20 medicamentos antirretrovirais diferentes para o tratamento da Aids. Também disponibiliza e amplia a oferta do teste rápido para que os estados e municípios possam agilizar diagnóstico da doença. “A Aids é uma doença crônica, ela não tem cura, mas os pacientes podem conviver com ela. Graças ao medicamento houve um prolongamento da vida”, esclarece Almir Santana.

O médico informa ainda que muitas pessoas que vivem com HIV/Aids são acometidas por Tuberculose, que é a principal causa de óbito, ou por toxoplasmose, uma doença transmitida por gatos e outros animais e que compromete principalmente o cérebro. Tratar as doenças oportunistas quando o diagnóstico da Aids é tardio, fica muito mais difícil. Por isso ele orienta as pessoas a realizarem o teste de HIV.

ENCONTRO DAS MULHERES POSITIVAS

De 13 a 15 de abril de 2011, Aracaju foi sede do II Encontro Regional das Cidadãs PositHIVas. Durante o evento foi falado muito sobre o significado da palavra adesão. O médico Almir Santana explicou que adesão não é somente tomar a medicação, mais ir ao médico regularmente e usar camisinha sempre.

“Porque quem tem HIV/Aids não só protege o outro como se protege, porque caso faça sexo com uma pessoa que também tenha o vírus, o medicamento que o paciente toma vai acabar não funcionando”, conta. E ele explica que existem tipos de HIV. Ou seja, uma mulher que tenha o HIV tipo 1 e se relaciona sem camisinha com um homem que tenha o HIV tipo 2, vai acabar gerando uma mutação. A partir daí tanto a medicação da mulher, quanto a do homem terão que ser modificadas, não mais terão o efeito que estavam tendo.

Mas o maior problema que uma pessoa soropositiva sofre é com o preconceito. E muitas pessoas por falta de informação ou por ignorância acabam se afastando das pessoas com HIV/Aids. A doença é pega através da relação sexual e não através de um toque, muito menos de um abraço, um beijo.

“Muitas mulheres se escondem, porque não é fácil conviver com o preconceito”, lamenta Rosaria Piriz. Ela que tem Aids há 14 anos diz que é por conta desse preconceito que muitas mulheres não dizem que são soropositivas. “O que mais me dói ainda é o preconceito, mas é por isso que não podemos nos esconder, é preciso mostrar que é possível viver com HIV/Aids, que o difícil mesmo é conviver com o preconceito”, enfatiza Gisele.

HIV/Aids: mulheres casadas estão em situação de risco

(Matéria publicada no www.cinform.com.br)

Por Andréa Oliveira

O tema é extremamente discutido, mas nem por isso os números param de crescer. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – cerca de 34 milhões de pessoas são portadoras do HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana. Outro dado alarmante é que 2,7 milhões de novas infecções ocorrem a cada ano. No Brasil, estima-se que 630 mil pessoas vivem com o vírus. Do início da epidemia, em 1980, até 2009, foram notificados 544.846 casos da doença.

O pior: para evitar que o vírus continue sendo disseminado não há uma solução mágica. Não há sequer uma vacina contra o HIV. A solução é simples, utilizar o preservativo em todas as relações sexuais. Mas nem todos têm essa preocupação. Principalmente as mulheres casadas, que consideram que o vírus está distante de sua realidade. Ledo engano.

No começo da epidemia, ele atingia, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos. Hoje, porém, segundo o médico sanitarista Almir Santana, gerente do Programa Estadual de DST/Aids de Sergipe, não há grupo de risco, e sim uma situação de risco.

Afinal, que situação é essa a qual ele se refere? É a de realizar o ato sexual sem o uso da camisinha. Esse tipo de risco é comum entre as mulheres que têm parceiros fixos. Por conta disso, elas passam a não usar o preservativo. Acreditam que estão protegidas por terem um único parceiro sexual. Porém, os dados do Estado de Sergipe comprovam que elas são, sim, vulneráveis.

Justamente por esse não uso do preservativo, elas se colocam dentro do grupo de risco. Em Sergipe, temos 2.443 casos de HIV/Aids, sendo 1.629 casos em homens e 814 em mulheres – proporção de 2 homens para uma mulher com Aids. De acordo com Almir Santana, cerca de 60% das mulheres positivas foram contaminadas pelos seus próprios companheiros. Isto quer dizer que elas são mulheres casadas que acreditam que não usar camisinha seja algo normal na vida de um casal. Mas isso precisa mudar. “As mulheres devem incorporar o uso da camisinha na sua rotina matrimonial”, comenta Almir.

“Antes nos escondíamos para morrer. Hoje nós nos mostramos para viver”

A frase é de Gisele Dantas, uma mulher que há 13 anos tem HIV/Aids. Ela é pensionista da Marinha e trabalha com mulheres soropositivas no Rio Grande do Norte. Gisele pegou o vírus do seu marido. “Meu marido tinha só o vírus, porque é diferente HIV de Aids”, explica Gisele. HIV é o vírus da imunodeficiência humana e a Aids é a síndrome provocada pelo vírus.

Ou seja, existem pessoas que têm o HIV e não têm Aids. Porque a doença pode levar até dez anos para aparecer. Mas é preciso entender que a pessoa com HIV, mesmo não tendo Aids, pode transmitir o vírus. O HIV causador da Aids ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. E a única forma de combater essa transmissão é realizar o sexo de forma segura, utilizando a camisinha masculina ou feminina.

Além disso, deve-se utilizar seringas e agulhas descartáveis. São cuidados simples que fazem toda a diferença. No caso de Gisele, o não uso da camisinha foi o causador da sua contaminação. Ela era casada e por conta disso mantinha relações sexuais sem o uso do preservativo. Talvez Gisele estivesse no grupo das mulheres que acreditavam, ou ainda acreditam, que a Aids é mesmo uma doença distante da sua realidade. Outra mulher que também foi infectada pelo marido foi Rosaria Piriz Rodriguez, que vive com Aids há 14 anos. Ela reside na Bahia e assim com Gisele não usava camisinha nas relações com seus respectivos companheiros.

Esse pensamento de que estando casada ou tendo um parceiro fixo diminui os riscos de contrair algumas doenças sexualmente transmissíveis não é verdade. Nos anos 90, se falava sobre grupo de risco, e quem fazia parte desse grupo eram os homossexuais e as prostitutas, mas com o passar dos anos isso foi mudando.

Gisele que, teoricamente, estava protegida se viu totalmente sem chão ao descobrir que tinha HIV/Aids. Mas como mencionado pelo médico Almir Santana, o número de mulheres positivas vem crescendo não só em Sergipe, mas em todo o país.

COMO É A VIDA DE UMA SOROPOSITIVA

“Vivo uma vida normal, tenho uma vida sexual ativa, minha família me ama, meus amigos me amam e hoje eu vivo bem. Não é hipocrisia, mas hoje eu vivo melhor sendo soropositiva do que antes. Hoje a gente dá ênfase ao amor, ênfase à vida, dá muito mais valor ao outro, ao próximo”, garante, Gisele, emocionada.

As mulheres soropositivas lutam para ajudar outras mulheres, para que a doença não atinja um número ainda maior de pessoas. Lutam também pelos direitos sexuais reprodutivos. Porque a mulher soropositiva não precisa se mutilar, não é necessário que se faça uma laqueadura. Ela pode ter filho, basta se cuidar, tomar a medicação direito e realizar alguns cuidados para evitar que a criança seja soropositiva.

terça-feira, 15 de março de 2011

Caros amigos

Os poucos que me acompanham, mas que estão aqui merecem que eu post uma msg para eles. Eu estou voltando agora com o blog, muitas coisas aconteceram na minha vida e sem dúvida devem ter acontecido na vida de vocês.

Eu agora ando um pouco mais ocupada, estou feliz da vida trabalhando... fazendo o que gosto... aprendendo na labuta diário de um meio de comunicação de massa, trabalho no Cinformonline e todos os dias coloco matérias sobre o meu querido estado de Sergipe.

É muito bom fazer o que gostamos, sei que ainda tenho muito que aprender e isso é o que me move... continuar a cada dia lapidando meu conhecimento me torna viva, e me faz esquecer de outras frustrações. Porque nem sempre temos tudo que queremos, mas se não temos algum motivo teve ter... coisas do pai.

Preciso assimilar melhor as perdas, muitas vezes não sabemos como amar, e acabamos acreditando que toda mudança é válida... Mudei e foi justamente essa mudança que nos separou, coisas da vida... afinal de contas toda mudança tem suas consequências, positivas ou negativas...

Eu estou de volta e aqui vou postar meu textos do Online, escrever sobre meus sentimentos, coisas minhas, afinal de contas o blog é para isso mesmo, para que eu me expresse de forma livre... meus pensamentos vão me levar...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Trabalho voluntário: atividade não remuneratória que traz um ganho enorme

Por: Andréa Oliveira (Matéria Publicada no site: www.cinform.com.br)

Já pensou em desenvolver alguma atividade sem receber qualquer recompensa financeira? Se não, um aviso: trabalho voluntário faz bem. E não só para quem é ajudado, mas para quem o realiza. Esse tipo de tarefa traz um retorno muito maior: prazer em ajudar outro ser humano. Mas, acredite, não é nada fácil.

O trabalho voluntário exige desprendimento, dedicação, tempo e, acima de tudo, vontade de ajudar. Por isso, não é uma atividade para todos. Mas aqueles que se dedicam a ela garantem que é satisfação na certa.

É o caso de Maria Laudeci de Mendonça Rezende, que há oito anos encontrou no voluntariado uma nova ocupação. Ela se dedica de segunda a sexta-feira aos idosos do Asilo Rio Branco. No local realiza a ‘papoterapia’, que nada mais é do que bater papo com os idosos.

Outra atividade é levar os internos do asilo para passear. A maioria deles não anda mais e necessitam que os voluntários empurrem as cadeiras de rodas. Além disso, também precisam que os voluntários ajudem na hora do jantar, auxiliando na alimentação dos idosos.

“Leio histórias para eles, conversamos, rimos, brincamos. Tem dia que eu acordo triste, mas quando chego ao asilo é como se tudo fosse esquecido. Os problemas desaparecessem”, conta Maria Laudeci de Mendonça. Segundo ela, quando tem que se ausentar um dia do asilo por conta de uma consulta médica, ou problema de saúde é como se alguma coisa não estivesse bem. “Se não os vejo sinto uma falta tamanha”, revela.

Ela acredita que todo mundo pode ajudar. “Não adianta falar que não tem tempo, a gente arruma tempo para tudo. Posso dizer que esse tempo que passo no asilo só me faz bem. A gente acha que vai ajudar, mas são eles que nos ajudam, com seu sorriso, sua palavra de carinho. Eu amo meus idosos, e eles já fazem parte da minha família, disse Maria.

INSTITUIÇÕES

As entidades sem fins lucrativos precisam e muito de pessoas que possam ajudá-las, doando seu tempo em prol daqueles que necessitam. É o caso da Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe – Avosos –, onde trabalham 140 voluntários.

“O voluntariado na entidade pode atuar de diversas formas, de acordo com cada aptidão. Hoje contamos com voluntários que atuam na cozinha, no coral, na equipe de eventos, nas oficinas, entre outras áreas”, explica Marcela Matos, assessora de comunicação da instituição.

De acordo com Marcela, os voluntários se revezam diariamente na rotina da Casa de Apoio Tia Ruth e no Hospital de Urgência de Sergipe – Huse – levando não só lanche, mas também palavra de conforto para aqueles que estão em tratamento.

É essa palavra de conforto que o aposentado da Petrobras, Abel dos Santos, leva em suas visitas aos idosos do Asilo Rio Branco. Ele faz parte dos 30 voluntários que atuam na entidade, sendo 20 mulheres e 10 homens, cuidando de 43 idosos. Divididos por sexo em duas alas, a feminina composta por 24 mulheres e a masculina contendo 19 homens.

Abel acredita que muitas pessoas colocam os afazeres, os negócios e os prazeres como empecilho na hora de ajudar. “O negócio é não se acomodar, é preciso ajudar. E a gente recebe aquilo que dá. Se demos coisas boas vamos ter o mesmo de retorno. Então não adianta plantar abobora e colher melancia”, acredita.

Para Abel realizar um trabalho voluntário é algo que não beneficia só quem recebe, mas muito mais aquele que faz. E é pensando dessa maneira que o aposentado também é voluntário no Hospital Cirurgia dois dias na semana. “Todo dia estou no asilo, e nas terças e quartas antes de ir vê os idosos passo no hospital”, conta.

Enquanto Maria Laudeci se dedica a cuidar da ala dos homens no Asilo Rio Branco, Abel se dedica mais a ala das mulheres. “A gente vai se afinando com as criaturas e quando a gente não os vê sente uma falta. Eu converso, leio o evangelho, ajudo na comida e coloco na cama”, explica Abel.

CAPACITAÇÃO

Mas em algumas instituições, não adianta só ter vontade e tempo de ajudar, é preciso se especializar. Para isso, as entidades realizam curso para profissionalizar o trabalho realizado, a fim de garantir um melhor atendimento ao paciente.

Por isso, a assistente social Michelline Figueiredo Franco, que trabalha no Asilo Rio Branco, enfatiza a importância do aprimoramento dos voluntários que atuam na entidade. “Realizamos o curso de Cuidador de Idosos, que prepara a pessoa para lidar com o idoso, ensinando como levantá-lo, sentá-lo e também na forma de alimentá-los”, conta.

Os cursos são ministrados por terapeutas, geriatras e equipes do Corpo de Bombeiro, e são feitos a depender da necessidade, quando aparecem voluntários as turmas são abertas e eles recebem a capacitação, que permite com que o trabalho que irão desenvolver seja uma atividade que realmente ajude o idoso. “Porque é necessário ter cuidado na hora de levantar, se não souberem como fazer pode até acabar causando um problema”, avalia.

Mas os voluntários não substituem a necessidade de uma equipe técnica. Por isso as instituições devem possuir em seu quadro profissionais de diversas áreas. “Nossa equipe técnica é composta por enfermeiras, auxiliar de enfermagem, psicólogas, nutricionistas e pela equipe de serviços gerais”, conta Michelline Figueiredo.

Então o voluntário vem para somar nas entidades filantrópicas. Vem para agregar esforços em prol do bem estar do outro, e não para substituir os profissionais que devem atuar nas instituições.

O trabalho voluntário é feito sem recebimento de qualquer remuneração ou lucro, então isso sem dúvida permite que as entidades ajudem um maior número de pessoas. “Sem eles seria difícil, porque eles observam de perto os idosos, nos contam as suas necessidades e com isso melhoramos o atendimento”, avalia Michelline.

CARTEIRA DE VOLUNTÁRIO

Antes que a pessoa receba a carteirinha de voluntario é preciso que ela demonstre frequência. “Observamos se há interesse mesmo em ajudar, se existiu afinidade entre a pessoa e os idosos, e só depois consideramos essa pessoa um voluntário da instituição. Porque muitas pessoas realizam visitas esporádicas, sem vínculo, e os 30 voluntários que temos atuam diariamente no trabalho com os idosos”, explica Michelline Figueiredo, assistente social do asilo.

Embora esses exemplos sejam verdadeiras lições de vida, há muito mais necessitados de ajuda do que pessoas dispostas a ajudar. Então, adote o trabalho voluntário também. Conheça a sensação única e indescritível de doar o melhor de si para ajudar o próximo. Sem dúvida, vale a pena.

Faça a diferença, seja um doador em vida

Por: Andréa OLiveira (Matéria Publicada no site: www.cinform.com.br)

Existe um tipo de doação muito simples e pouco conhecida pelos sergipanos, a doação da medula óssea. Qualquer pessoa que não tenha uma doença infectocontagiosa pode ser doadora de medula. O individuo precisa ter entre 18 e 55 anos e ir até o Hemose para coletar 10 ml de sangue, preencher um formulário de inscrição e entregar uma foto 3x4.

No Hemose a coleta para ser doador de medula acontece na segunda e terça-feira, das 7h às 17h. De acordo com a assistente social da instituição, Andreza Ribeiro, o motivo da coleta acontecer só nesses dois dias se deve ao fato de ter que enviar o sangue coletado na quarta-feira para que seja feita a análise em um laboratório em Recife/ Pernambuco.

“Após o envio da coleta, é feito em Recife o exame de histocompatibilidade (HLA), onde é feita a análise das características genéticas. Em seguida o doador e seus dados pessoais são cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – Redome –, que é um cadastro nacional de doadores de medula”, explica Andreza Ribeiro. Esse cadastro foi feito pelo Instituto do Câncer – Inca – localizado no Rio de Janeiro.

O que esse cadastro significa? Que no dias em que um paciente com leucemia necessitar do tratamento com medula óssea, seu médico vai acessar o cadastro do Redome para encontrar alguém compatível para realizar a doação da medula. Ou seja, em caso de compatibilidade, o Registro Nacional de Doadores de Medula entra em contato com o possível doador da medula e o convoca a realizar uma bateria de exames, para vê se a pessoa tem condições clínicas de doar a medula.

Por isso é importante que o doador mantenha sempre seu cadastro atualizado, para que seja rapidamente localizado em caso de compatibilidade. Depois da realização dos exames, os médicos chegam à conclusão se o doador é adequado ou não para o paciente com leucemia. Em caso positivo, o Sistema Único de Saúde – SUS – custeia a viagem do doador para o local onde será realizado o procedimento de retirada da medula.

Mas, caso o doador não queira mais realizar o procedimento, ele tem o direito de se recusar a fazê-lo. Basta dizer que não quer. Por isso, é de suma importância que na hora de preencher a ficha de cadastro no Hemose, o doador tenha a consciência de que seu gesto é um ato de amor ao próximo e que na hora do vamos ver não volte atrás.

PROCEDIMENTO DE COLETA DE MEDULA

Existem dois tipos de procedimento para retirada da medula: uma por punção direta da medula óssea e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese).

A punção direta da medula é realizada com agulha, na região da nádega e retira-se uma quantidade de “tutano” (medula) equivalente a uma bolsa de sangue. Durante essa retirada o doador recebe uma anestesia e o procedimento dura 40 minutos. O doador fica sob observação durante 24 horas, em seguida pode retornar as suas atividades. E a sensação do doador é que ele recebeu uma injeção oleosa. O procedimento não deixa cicatriz, apenas uma marca de três a cinco furos de agulha.

Já a coleta pela veia é feita pela máquina de aférese. Para esse procedimento o doador passa a receber durante cinco dias um medicamento para estimular a proliferação das células mãe. As células mãe migram da medula para as veias e são filtradas. Esse processo de filtração dura aproximadamente quatro horas, até que se obtenha o número adequado de células.

O efeito colateral do doador que realiza a punção direta da medula óssea é somente o risco de se submeter à anestesia. E no caso da filtração de células-mãe, o único efeito colateral do medicamento é que ele pode dar uma dor no corpo, como uma gripe. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.


COMO É FEITO O RECEBIMENTO DA MEDULA OSSÉA

O paciente com leucemia recebe a medula óssea como se estivesse realizando uma transfusão de sangue. “Foi super tranquilo, eu estava com medo de como seria, mas foi como se eu estivesse recebendo uma doação de sangue”, recorda Daniela Lima do Nascimento, que recebeu há mais de dois anos a medula da irmã.

Daniela descobriu que tinha leucemia no ano de 2007, recebeu inúmeras transfusões de sangue, realizou várias sessões de quimioterapia foi internada três vezes. Em uma delas passou mais de um mês no hospital. Meses depois os médicos solicitaram que alguns familiares da jovem (pai, mãe e dois irmãos) realizassem os exames de compatibilidade para doação de medula.

“A única que foi compatível 100% foi minha irmã Marcela Lima”, conta. Após encontrar um doador compatível, Daniela e Marcela foram para Recife onde realizaram os procedimentos. “Deu tudo certo e hoje aos 32 anos estou sadia. Venho ao Hospital de Urgência de Sergipe só para fazer exames de rotina”, alegra-se Daniela.

É importante salientar que o Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo. No país 92% dos transplantes de órgãos são financiados pelo Sistema Único de Saúde – SUS. E a viagem da jovem foi toda bancada pelo SUS, é o chamado tratamento fora do domicílio, que bancou as viagens e a alimentação.

Outro caso em que a doação será realizada por um irmão, é o da garota Joyce Pereira Fontes, 10. Há um ano a menina descobriu que tinha leucemia. A doação vai acontecer em breve na cidade de São Paulo. “Minha filha já fez várias quimioterapias, recebeu sangue, plaquetas, plasma e graças a Deus vai realizar a medula do irmão José Fontes, que tem 12 anos”, agradece Geane Pereira dos Santos. A espera agora é só pelos recursos que já foram solicitados para a viagem.

De cada 100 mil cadastrados, as Centrais de Transplantes só conseguem um doador compatível dentre aqueles que não são parentes do paciente. É importante ressaltar que 90 dias após a doação, a medula já está íntegra novamente.

Para entrar em contato com a Central de Transplante de Sergipe é só telefonar para o 3259-3491 / 3216-2870. E o númedo do Hemose é 3259-3191.

Doação: um gesto que salva vidas

Por: Andréa Oliveira (Matéria publicada no site: www.cinform.com.br)

Na Central de Transplantes não se sabe ao certo quantas pessoas necessitam de transplante de medula óssea. Mas Sergipe precisa de centenas de doadores de outros órgãos. No Estado há 602 pessoas na lista de espera aguardando por um transplante - 302 precisam de córneas e 300 necessitam de rins.

Para se ter uma idéia, da demanda de Sergipe, em 2009, foram realizados 18 transplantes de rim e 102 de córneas. Em 2010, foram sete transplantes de rim, 82 córneas e um de osso. Até fevereiro desse ano foram feitos 18 transplantes de córnea.

De acordo com o coordenador da Central de Transplante de Sergipe, Benito Oliveira Fernandez, o estado tem uma demanda grande, mas esbarra na falta de comunicação de casos de morte cerebral por parte da equipe médica e também na falta de informação dos familiares da vítima.

“A equipe médica nem sempre nós comunica. A Central é que fica monitorando os hospitais em busca de casos de morte cerebral. E quando encontramos é necessário que se realize uma série de exames para comprovar a morte do paciente, só ai podemos retirar os órgão”, informa.

Para ser um doador, a equipe médica do hospital tem que fazer o diagnóstico da morte encefálica. Se o paciente está em estado grave, vítima de traumatismo crânio-encefálico e tumoração no cérebro, por exemplo, respira com a ajuda de aparelhos e não tem atividade cerebral, ele é um doador em potencial.

A equipe médica então comunica à família do paciente que vai iniciar os procedimentos para comprovar a morte encefálica. São realizadas duas avaliações clínico-neurológicas feitas por médicos diferentes. Depois é feito um exame gráfico para comprovar se há atividade elétrica e fluxo sanguíneo no cérebro. Se comprovada a morte cerebral, a equipe emite o atestado de óbito e pede autorização à família para fazer a doação.

É nesse momento que a equipe da Central de Transplante encontra o segundo entrave na luta pela vida. A família do paciente por desconhecimento da legislação brasileira que regula os procedimentos realizados para confirmar a morte cerebral se recusa a doar os órgãos.

Este fato revela um dado preocupante. Apesar de numerosos doadores em potencial, a equipe da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos – CIHDOT - do Hospital Geral de Urgência de Sergipe – Huse -, não conseguiu captar nenhum órgão de pacientes que morreram na instituição.

Benito Fernandez cita que por conta dos avanços da tecnologia é possível manter um cadáver com o coração batendo. “As famílias acreditam que se o coração ainda está batendo o paciente ainda vive. Mas as pessoas precisam ter o conhecimento de que é o cérebro quem comanda todas as atividades do indivíduo. E que se a atividade do encéfalo parou significa que o paciente está morto”, conta.

Segundo o coordenador da Central de Transplante, se não for feita a retirada rápido do coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões do paciente com morte encefálica, não será possível aproveitar alguns desses órgãos para salvar vidas. E é importante frisar que a retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra, e o doador terá a mesma aparência de antes.

AUTORIZAÇÃO

Sendo assim, após os exames para comprovar realmente a morte cerebral, a equipe médica deve tentar convencer a família a autorizar a doação dos órgãos o mais rápido possível. Para só assim o procedimento de coleta ser realizado.

Benito informa ainda, que mesmo que o paciente deixe por escrito o seu desejo de ser doador, isso não é suficiente para que a doação seja concretizada. “De acordo com a Lei 10.211/01 determina que o cônjuge ou parentes de até 2° grau (pai, mãe, avôs, irmãos, filhos e netos) são as pessoas responsáveis em assinar a autorização para a doação”, ressalta Benito.

Mas essa autorização nem sempre acontece a tempo. O problema é que muitas vezes a equipe médica acaba liberando os familiares para resolver os tramites do enterro e acabam com isso inviabilizando que eles assinem o termo em tempo hábil para que seja realizada a coleta dos órgãos. Com isso a equipe de transplante perde a chance de diminuir o número de pacientes que aguardam ansiosos por um doador compatível.

Sede da Associação Atlética de Sergipe é retrato do abandono

Por: Andréa Oliveira (publicada no site: http://www.cinform.com.br/


Visitar as instalações da Associação Atlética de Sergipe, localizada na rua Vila Cristina, bairro São José,na cidade de Aracaju/SE é de deixar os visitantes assustados com tamanha destruição. As quadras de futebol foram cobertas pelos matos, os banheiros estão destruídos, a piscina olímpica, nem se quiser dá para vê-la, tamanha quantidade de folhas e de matos que a cobriram totalmente. O trampolim da piscina parece que a qualquer momento vai desabar.

A sensação é de está dentro de um cenário de filme de terror, onde só se vê os escombros do que um dia foi um dos melhores clubes da cidade. Local de grandes carnavais, e que por conta do abandono se tornou um local propicio para a proliferação do mosquito da dengue e para moradia de mendigos, sem falar dos que usam o espaço para fumar e consumir drogas.

Por conta disso, o Ministério Público de Sergipe determinou a limpeza interna da Atlética, a decisão foi do juiz de Direito Aldo de Alburquerque Mello. E desde a terça-feira, 8, agentes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos – Emsurb – estão no clube para limpar o local, retirando a vegetação que tomou conta do local, capinagem, poda de árvores e retirada de vasilhames.

De acordo com José Ronildo, cabo de turma da Emsurb, os trabalhos serão realizados em no mínimo de 20 dias. Serão 12 homens trabalhando, de segunda à sábado das 8h até as 16h20. “O trabalho é grande porque no local tem muito entulho. E temos que tomar cuidado porque na terça um dos rapazes levou três picadas de abelha”, conta José.

HISTÓRIA

A Associação Atlética de Sergipe foi fundada em 24 de maio de 1925, em Aracaju/SE. E o clube de quase 86 anos já serviu de espaço para grandes gritos de carnaval, competições esportivas, realizada nas quadras de futebol ou na piscina olímpica, aniversários, casamentos, gincanas de escolas. Além de servir como um belo espaço de lazer da sociedade Sergipe.
Mas isso mudou desde que o espaço foi vendido e sem o conhecimento do Conselho de Administração para o empresário Edison José dos Santos. E de acordo com os autos do processo, a venda teria ultrapassado os R$ 3 milhões. E esse dinheiro seria usado para pagar dívidas junto à União, Receita Federal, Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Aracaju e ex-funcionários para sanar a crise do clube.

Na época muitos sócios foram contra a venda do clube, e por conta desse impasse o problema foi parar no Ministério Público Estadual e o prédio foi embargado em outubro de 2006. Desde então o local foi ficou esquecido, e o tempo tratou de ser extremamente cruel com a sede da Atlética, sem cuidados, o local de antigas festas, hoje é um retrato triste de um passado de tantas glórias.

O novo presidente da Associação Atlética de Sergipe, Josafá da Silva Santos que tomou posse em 2 de abril de 2009, acredita que depois dessa limpeza as coisas vão melhoras. “Estou confiante de que o clube vai ser reaberto, vamos atrás da Deso para religar o fornecimento de água e na Energiza para ter luz, em seguida vamos arrumar o restante da casa para que o clube volte aos tempos áureos de festas e de local para diversão”, deseja.