domingo, 15 de maio de 2011

Homofobia: combata esse tipo de discriminação

Por Andréa Oliveira (Matéria publica no Cinform Online)

“Sexualidade é só uma parte do que somos”. O autor dessa frase é desconhecido, mas ela se encaixa perfeitamente ao tema em questão – Homofobia (homo = igual, fobia = medo). E o que esse termo significa? Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a lésbicas, gays, travestis e transgêneros (a comunidade LGBTT).

A pessoa homofobica tem um comportamento crítico e hostil contra a comunidade LGBTT. Por não aceitar a orientação sexual desse grupo, acaba assim o discriminando. Alguns até chegam a cometer atos de violência e até mesmo assassinatos contra os homossexuais.

Segundo o professor Luiz Mott, que é militante do Grupo Gay da Bahia, em 2010 ocorreram 260 mortes de homossexuais no Brasil. Sendo 44% de mortes de gays, 42% de travestis e 14% de lésbicas. Ou seja, a cada um dia e meio ocorria a morte de um homossexual no país.

Mas então onde fica a liberdade do cidadão de ser o que é? Se ele ao assumir sua homossexualidade sofre os olhares de uma sociedade, que em vez de aceitar as diferenças, quer impor a adoção de um comportamento heterossexual.

"A orientação sexual do individuo não deve em hipótese nenhuma determinar como ele será tratado", diz a pedagoga Ana Carolina Santos. Ser gay, lésbica, bissexual, travesti ou heterossexual não torna o sujeito melhor ou pior. Isso é até obvio. Ou, por acaso, ser heterossexual é sinônimo de honestidade? Se isso fosse verdade nem um hetero seria responsável por crime algum.

“Respeitar a orientação sexual de cada um é um passo importante na luta contra o preconceito”, acredita Ana Carolina. O outro passo foi dado no dia 5 de maio, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal – STF – por unanimidade garantiram aos homossexuais os mesmos direitos dos heterossexuais.

A partir de agora, a união homoafetiva passa a ser considerada como entidade familiar. Ou seja, para a Justiça brasileira não há mais diferenças entre casais homossexuais e heterossexuais. Os casais gays poderão assim formar família com os mesmos direitos dos casais heterossexuais, o que significa dizer que poderão se casar no civil, compartilhar pensão e aposentadoria, plano de saúde e bens. E mais, essa decisão também vai facilitar o caminho para a adoção.

Os ministros do STF não fizeram nada mais do que ratificar direitos que deveriam ser de todos. Porque a Constituição Federal de 1988 define como objeto fundamental da República (art. 3°, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”.

Afinal de contas, os membros da comunidade LGBTT não pagam menos impostos porque se relacionam com pessoas do mesmo sexo, nem recebem descontos por isso. Então, o Supremo só fez valer os seus direitos. Porque os deveres nunca deixaram de ser cumpridos, muito menos cobrados dos homossexuais.

DADOS DA VIOLÊNCIA

É preciso que a sociedade compreenda que a homofobia gera crimes bárbaros. Como por exemplo, o caso do professor Jackson Santos de Jesus, 35 anos, que foi morto por dois homens em seu apartamento, localizada no Jardim Universitário, conjunto Rosa Elze, em São Cristovão, no dia 30 de janeiro deste ano.

De acordo com Augusto César, delegado da Polícia Civil, a vítima teria contratado os serviços de Diego da Silva Alves e Maicon Douglas Santos Massarato, conhecido como ‘Paulista’ para realizarem um programa sexual. Mas no apartamento, os criminosos amarraram o professor nu com os lençóis da cama e em seguida, o estrangularam.

Após matarem o professor, os dois rapazes começaram a roubar os objetos eletrônicos da residência, como câmeras, aparelhos de DVD. Mas Diego e Maicon não saíram impunes e foram detidos no mesmo dia. Vizinhos do professor ouviram os barulhos e acionaram a policia.

O sociólogo José Marcelo Domingos de Oliveira realizou um levantamento dos assassinatos de homossexuais de 1960 a 2010 em Sergipe. Segundo seu estudo, o perfil das vítimas e dos assassinos de gays em Sergipe são bem antagônicos. O gay em geral é rico e bem instruído e o assassino é pobre e com baixa instrução.

Para conseguir catalogar esses casos, ele apurou o crime desde o dia que a notícia saiu na imprensa até o julgamento dos envolvidos nos homocídios. A pesquisa do professor Marcelo é tão esmiuçadora que elevou Sergipe a condição de estado pioneiro na catalogação de crimes contra gays.

Nesse estudo ficou evidenciado que 33% dos homocídios foram realizados com arma de fogo, seguido por 30% arma branca. E que o local desses crimes em 42% dos casos ocorreu no domicilio da vítima. Nessa catalogação também foi possível identificar o motivo do crime que em 35% dos casos foi motivado por latrocínio, que significa roubo seguido de morte.

O Estado está em 9° lugar no ranking nacional. E a Região Nordeste assume a primeira colocação em número de homocídios, que significa o assassinato de homossexuais. De acordo com o professor, Luiz Mott, a região registrou em 2010, 43% dos assassinatos de homossexuais do país.

Pelo visto, aqui o discurso “nordestino é cabra da peste” enraíza a questão da masculinidade como algo natural do ser humano. Tornando a região o lugar mais perigoso para a comunidade LGBTT.

CENTRO DE REFERÊNCIA

Em caso de discriminação, agressão ou violação dos direitos da comunidade LGBTT, existe um lugar para acolher os homossexuais. Esse porto seguro é o Centro de Referência e Combate à Homofobia – CCH –, da Secretaria da Segurança Pública, localizado na Rua de Campos, n° 84, bairro São José.

O Centro fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. O contato pode ser feito pessoalmente ou através do telefone: 3213-7941 e pelos e-mails: centro.combateahomofobia@yahoo.com.br / centro.combateahomofobia@ssp.se.gov.br.

De acordo com, a psicóloga Cláudia Amélia Silveira Andrade, coordenadora do centro, o objetivo principal da entidade é promover capacitação, cursos e seminários a fim de sensibilizar a população LGBTT e a sociedade. “Os profissionais do centro atuam em três áreas: psicológica, jurídica e de assistência social”, conta a psicóloga.

O CCH realiza fóruns de discussões, palestras, seminários e conferências, possibilitando a organização da sociedade em busca de avanços políticos, sociais e legais. “O intuito maior do centro é criar redes municipais de apoio aos homossexuais. Tornando-as independentes para realizarem suas atividades de combate a homofobia e dando visibilidade maior a comunidade LGBTT”, explica Claúdia Andrade.

Segundo Edna Lima Cavalcante, assistente social do centro, existem em Sergipe 14 entidades LGBTT, e que elas estão cada vez mais fortes, unidas e determinadas a intensificar a luta contra a homofobia. “É através da educação que iremos conseguir diminuir os casos de violência e desrespeito aos homossexuais”, enfatiza. Ela explica ainda que é preciso dar visibilidade a essa questão, tratar sobre a homofobia dentro das escolas.

“É necessário que a sociedade entenda que a homossexualidade não é uma questão de opção. Ninguém diz hoje eu sou gay, mas amanhã não serei. É na verdade uma orientação sexual”, explica a psicóloga Cláudia Andrade.

Ou seja, a palavra chave contra a homofobia é o respeito. O individuo tem o direito de viver a sua sexualidade. E que não é o fato de ser homossexual que define o ser humano, mas sim seus atos na vida social.

CENSO 2011

Pela primeira vez na história do Censo no Brasil foi registrado o número de indivíduos que admitiram viver com pessoas do mesmo sexo. No Brasil, mais de 60 mil casais assumiram no questionário que vivem uma relação homoafetiva. Em Sergipe, são 440.

Mas de acordo com Rosa Reis, diretora-presidente do Movimento Lésbico de Aracaju ‘Greta Garbo’, estes números não refletem a realidade. "A maioria das mulheres lésbicas não se assumem por causa da discriminação que é muito forte, tanto na família quanto na sociedade que ainda é muito conservadora", afirma Rosa Reis.

ENQUETE

O Cinform Online perguntou se “Você concordaria se casais homossexuais pudessem adotar filhos? E a maioria respondeu que não concorda. Dos 4.398 internautas que responderam o questionamento, 2.240 afirmaram que ‘Não’ e 2.125 disseram ‘Sim’.

A diferença foi pequena e mostra que a sociedade ainda está dividida quando o tema envolve a homossexualidade. Apenas 33 pessoas responderam que não tinham opinião formada sobre o assunto.

Na terça-feira, 17 de maio será comemorado o Dia Mundial, Estadual e municipal de Combate à Homofobia.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

HIV/Aids: mulher soropositiva pode sim ter filhos saudáveis

Matéria publicada no www.cinform.com.br

Por Andréa Oliveira

A pergunta mais frequente que passa na cabeça das pessoas é a seguinte: Mulher com HIV/Aids pode gerar filhos saudáveis? A reposta é sim e Gisele Dantas, soropositiva há 13 anos, é um exemplo disso. Hoje viúva e mãe de dois filhos – um deles foi gerado quando ela já estava infectada –, ela descobriu que tinha HIV quando estava grávida e após realizar alguns exames de rastreamento de sangue.

Nessa hora difícil, ainda sofreu um novo baque. “Quando descobri a doença eu tinha mais de 13 anos de convivência com meu companheiro e foi muito difícil porque ele me deixou”, conta. A criança não sobreviveu, mas isso nada teve a ver com a doença da mãe soropositiva. “Meu bebê não morreu por conta do HIV, mas sim por incompatibilidade de sangue. Porque o meu é O negativo e o do pai era A positivo. E meu filho também teve má formação cerebral”, disse.

Mas a doença não impediu Gisele de engravidar novamente. “Quando eu descobri que estava grávida, eu achava que estava assassinando mais uma criança, colocando uma criança no mundo doente. Mas isso é mito. Nós mulheres soropositivas podemos ter filhos saudáveis, e temos sim que fazer um controle”, conta. Hoje, a criança já tem 10 anos e é negativo para o HIV.

CUIDADOS

Durante a gestação, a mulher soropositiva deve realizar as visitas ao médico, começar a terapia antirretroviral seguindo as orientações do médico e do serviço de referência para pessoas que convivem com o HIV/Aids, fazer os exames para avaliação de sua imunidade (exame de CD4) e da quantidade de vírus (carga viral) em circulação em seu organismo.

Ela será submetida ao parto assistido, onde será realizada uma cesariana. Quatro horas antes do parto toma uma profilaxia na veia e quando o bebê nasce ele toma um xarope durante 45 dias. A mãe não pode amamentar a criança. Seguindo todos esses procedimentos, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV.

MEDICAMENTO

Para manter a doença sob controle é preciso que as pacientes façam a adesão ao tratamento. Dessa maneira, conseguem controlar sua carga viral e o CD4.“Muitas vezes a paciente acredita que está bem e que pode parar de tomar a medicação, e se engana porque, ao parar de tomar a medicação, se torna mais vulnerável a outras doenças. Com isso, acaba prejudicando o tratamento e tendo que recomeçar o longo caminho que já percorreu, mudando a medicação porque a anterior poderá não ter o mesmo efeito”, explica Almir Santana.

“Eu falhei no tratamento nas três primeiras vezes, porque achei que estava bem. Não dei ênfase à medicação e acabei abusando de noites de farra, bebendo”, lamenta Gisele. Quando ela descobriu que estava com Aids seu CD4 era 10, baixíssimo, e ela pesava 47 quilos, mas há sete anos vem seguindo a risca o tratamento e as mudanças são visíveis. “Hoje peso 89 quilos e o meu o CD4 é mil e alguma coisa, a carga viral já tá indetectável há sete anos por conta desse quarto esquema que eu estou seguindo a risca”, comemora.

De acordo com o médico Almir Santana, o Sistema Único de Saúde disponibiliza 20 medicamentos antirretrovirais diferentes para o tratamento da Aids. Também disponibiliza e amplia a oferta do teste rápido para que os estados e municípios possam agilizar diagnóstico da doença. “A Aids é uma doença crônica, ela não tem cura, mas os pacientes podem conviver com ela. Graças ao medicamento houve um prolongamento da vida”, esclarece Almir Santana.

O médico informa ainda que muitas pessoas que vivem com HIV/Aids são acometidas por Tuberculose, que é a principal causa de óbito, ou por toxoplasmose, uma doença transmitida por gatos e outros animais e que compromete principalmente o cérebro. Tratar as doenças oportunistas quando o diagnóstico da Aids é tardio, fica muito mais difícil. Por isso ele orienta as pessoas a realizarem o teste de HIV.

ENCONTRO DAS MULHERES POSITIVAS

De 13 a 15 de abril de 2011, Aracaju foi sede do II Encontro Regional das Cidadãs PositHIVas. Durante o evento foi falado muito sobre o significado da palavra adesão. O médico Almir Santana explicou que adesão não é somente tomar a medicação, mais ir ao médico regularmente e usar camisinha sempre.

“Porque quem tem HIV/Aids não só protege o outro como se protege, porque caso faça sexo com uma pessoa que também tenha o vírus, o medicamento que o paciente toma vai acabar não funcionando”, conta. E ele explica que existem tipos de HIV. Ou seja, uma mulher que tenha o HIV tipo 1 e se relaciona sem camisinha com um homem que tenha o HIV tipo 2, vai acabar gerando uma mutação. A partir daí tanto a medicação da mulher, quanto a do homem terão que ser modificadas, não mais terão o efeito que estavam tendo.

Mas o maior problema que uma pessoa soropositiva sofre é com o preconceito. E muitas pessoas por falta de informação ou por ignorância acabam se afastando das pessoas com HIV/Aids. A doença é pega através da relação sexual e não através de um toque, muito menos de um abraço, um beijo.

“Muitas mulheres se escondem, porque não é fácil conviver com o preconceito”, lamenta Rosaria Piriz. Ela que tem Aids há 14 anos diz que é por conta desse preconceito que muitas mulheres não dizem que são soropositivas. “O que mais me dói ainda é o preconceito, mas é por isso que não podemos nos esconder, é preciso mostrar que é possível viver com HIV/Aids, que o difícil mesmo é conviver com o preconceito”, enfatiza Gisele.

HIV/Aids: mulheres casadas estão em situação de risco

(Matéria publicada no www.cinform.com.br)

Por Andréa Oliveira

O tema é extremamente discutido, mas nem por isso os números param de crescer. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – cerca de 34 milhões de pessoas são portadoras do HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana. Outro dado alarmante é que 2,7 milhões de novas infecções ocorrem a cada ano. No Brasil, estima-se que 630 mil pessoas vivem com o vírus. Do início da epidemia, em 1980, até 2009, foram notificados 544.846 casos da doença.

O pior: para evitar que o vírus continue sendo disseminado não há uma solução mágica. Não há sequer uma vacina contra o HIV. A solução é simples, utilizar o preservativo em todas as relações sexuais. Mas nem todos têm essa preocupação. Principalmente as mulheres casadas, que consideram que o vírus está distante de sua realidade. Ledo engano.

No começo da epidemia, ele atingia, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos. Hoje, porém, segundo o médico sanitarista Almir Santana, gerente do Programa Estadual de DST/Aids de Sergipe, não há grupo de risco, e sim uma situação de risco.

Afinal, que situação é essa a qual ele se refere? É a de realizar o ato sexual sem o uso da camisinha. Esse tipo de risco é comum entre as mulheres que têm parceiros fixos. Por conta disso, elas passam a não usar o preservativo. Acreditam que estão protegidas por terem um único parceiro sexual. Porém, os dados do Estado de Sergipe comprovam que elas são, sim, vulneráveis.

Justamente por esse não uso do preservativo, elas se colocam dentro do grupo de risco. Em Sergipe, temos 2.443 casos de HIV/Aids, sendo 1.629 casos em homens e 814 em mulheres – proporção de 2 homens para uma mulher com Aids. De acordo com Almir Santana, cerca de 60% das mulheres positivas foram contaminadas pelos seus próprios companheiros. Isto quer dizer que elas são mulheres casadas que acreditam que não usar camisinha seja algo normal na vida de um casal. Mas isso precisa mudar. “As mulheres devem incorporar o uso da camisinha na sua rotina matrimonial”, comenta Almir.

“Antes nos escondíamos para morrer. Hoje nós nos mostramos para viver”

A frase é de Gisele Dantas, uma mulher que há 13 anos tem HIV/Aids. Ela é pensionista da Marinha e trabalha com mulheres soropositivas no Rio Grande do Norte. Gisele pegou o vírus do seu marido. “Meu marido tinha só o vírus, porque é diferente HIV de Aids”, explica Gisele. HIV é o vírus da imunodeficiência humana e a Aids é a síndrome provocada pelo vírus.

Ou seja, existem pessoas que têm o HIV e não têm Aids. Porque a doença pode levar até dez anos para aparecer. Mas é preciso entender que a pessoa com HIV, mesmo não tendo Aids, pode transmitir o vírus. O HIV causador da Aids ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. E a única forma de combater essa transmissão é realizar o sexo de forma segura, utilizando a camisinha masculina ou feminina.

Além disso, deve-se utilizar seringas e agulhas descartáveis. São cuidados simples que fazem toda a diferença. No caso de Gisele, o não uso da camisinha foi o causador da sua contaminação. Ela era casada e por conta disso mantinha relações sexuais sem o uso do preservativo. Talvez Gisele estivesse no grupo das mulheres que acreditavam, ou ainda acreditam, que a Aids é mesmo uma doença distante da sua realidade. Outra mulher que também foi infectada pelo marido foi Rosaria Piriz Rodriguez, que vive com Aids há 14 anos. Ela reside na Bahia e assim com Gisele não usava camisinha nas relações com seus respectivos companheiros.

Esse pensamento de que estando casada ou tendo um parceiro fixo diminui os riscos de contrair algumas doenças sexualmente transmissíveis não é verdade. Nos anos 90, se falava sobre grupo de risco, e quem fazia parte desse grupo eram os homossexuais e as prostitutas, mas com o passar dos anos isso foi mudando.

Gisele que, teoricamente, estava protegida se viu totalmente sem chão ao descobrir que tinha HIV/Aids. Mas como mencionado pelo médico Almir Santana, o número de mulheres positivas vem crescendo não só em Sergipe, mas em todo o país.

COMO É A VIDA DE UMA SOROPOSITIVA

“Vivo uma vida normal, tenho uma vida sexual ativa, minha família me ama, meus amigos me amam e hoje eu vivo bem. Não é hipocrisia, mas hoje eu vivo melhor sendo soropositiva do que antes. Hoje a gente dá ênfase ao amor, ênfase à vida, dá muito mais valor ao outro, ao próximo”, garante, Gisele, emocionada.

As mulheres soropositivas lutam para ajudar outras mulheres, para que a doença não atinja um número ainda maior de pessoas. Lutam também pelos direitos sexuais reprodutivos. Porque a mulher soropositiva não precisa se mutilar, não é necessário que se faça uma laqueadura. Ela pode ter filho, basta se cuidar, tomar a medicação direito e realizar alguns cuidados para evitar que a criança seja soropositiva.