terça-feira, 15 de março de 2011

Caros amigos

Os poucos que me acompanham, mas que estão aqui merecem que eu post uma msg para eles. Eu estou voltando agora com o blog, muitas coisas aconteceram na minha vida e sem dúvida devem ter acontecido na vida de vocês.

Eu agora ando um pouco mais ocupada, estou feliz da vida trabalhando... fazendo o que gosto... aprendendo na labuta diário de um meio de comunicação de massa, trabalho no Cinformonline e todos os dias coloco matérias sobre o meu querido estado de Sergipe.

É muito bom fazer o que gostamos, sei que ainda tenho muito que aprender e isso é o que me move... continuar a cada dia lapidando meu conhecimento me torna viva, e me faz esquecer de outras frustrações. Porque nem sempre temos tudo que queremos, mas se não temos algum motivo teve ter... coisas do pai.

Preciso assimilar melhor as perdas, muitas vezes não sabemos como amar, e acabamos acreditando que toda mudança é válida... Mudei e foi justamente essa mudança que nos separou, coisas da vida... afinal de contas toda mudança tem suas consequências, positivas ou negativas...

Eu estou de volta e aqui vou postar meu textos do Online, escrever sobre meus sentimentos, coisas minhas, afinal de contas o blog é para isso mesmo, para que eu me expresse de forma livre... meus pensamentos vão me levar...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Trabalho voluntário: atividade não remuneratória que traz um ganho enorme

Por: Andréa Oliveira (Matéria Publicada no site: www.cinform.com.br)

Já pensou em desenvolver alguma atividade sem receber qualquer recompensa financeira? Se não, um aviso: trabalho voluntário faz bem. E não só para quem é ajudado, mas para quem o realiza. Esse tipo de tarefa traz um retorno muito maior: prazer em ajudar outro ser humano. Mas, acredite, não é nada fácil.

O trabalho voluntário exige desprendimento, dedicação, tempo e, acima de tudo, vontade de ajudar. Por isso, não é uma atividade para todos. Mas aqueles que se dedicam a ela garantem que é satisfação na certa.

É o caso de Maria Laudeci de Mendonça Rezende, que há oito anos encontrou no voluntariado uma nova ocupação. Ela se dedica de segunda a sexta-feira aos idosos do Asilo Rio Branco. No local realiza a ‘papoterapia’, que nada mais é do que bater papo com os idosos.

Outra atividade é levar os internos do asilo para passear. A maioria deles não anda mais e necessitam que os voluntários empurrem as cadeiras de rodas. Além disso, também precisam que os voluntários ajudem na hora do jantar, auxiliando na alimentação dos idosos.

“Leio histórias para eles, conversamos, rimos, brincamos. Tem dia que eu acordo triste, mas quando chego ao asilo é como se tudo fosse esquecido. Os problemas desaparecessem”, conta Maria Laudeci de Mendonça. Segundo ela, quando tem que se ausentar um dia do asilo por conta de uma consulta médica, ou problema de saúde é como se alguma coisa não estivesse bem. “Se não os vejo sinto uma falta tamanha”, revela.

Ela acredita que todo mundo pode ajudar. “Não adianta falar que não tem tempo, a gente arruma tempo para tudo. Posso dizer que esse tempo que passo no asilo só me faz bem. A gente acha que vai ajudar, mas são eles que nos ajudam, com seu sorriso, sua palavra de carinho. Eu amo meus idosos, e eles já fazem parte da minha família, disse Maria.

INSTITUIÇÕES

As entidades sem fins lucrativos precisam e muito de pessoas que possam ajudá-las, doando seu tempo em prol daqueles que necessitam. É o caso da Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe – Avosos –, onde trabalham 140 voluntários.

“O voluntariado na entidade pode atuar de diversas formas, de acordo com cada aptidão. Hoje contamos com voluntários que atuam na cozinha, no coral, na equipe de eventos, nas oficinas, entre outras áreas”, explica Marcela Matos, assessora de comunicação da instituição.

De acordo com Marcela, os voluntários se revezam diariamente na rotina da Casa de Apoio Tia Ruth e no Hospital de Urgência de Sergipe – Huse – levando não só lanche, mas também palavra de conforto para aqueles que estão em tratamento.

É essa palavra de conforto que o aposentado da Petrobras, Abel dos Santos, leva em suas visitas aos idosos do Asilo Rio Branco. Ele faz parte dos 30 voluntários que atuam na entidade, sendo 20 mulheres e 10 homens, cuidando de 43 idosos. Divididos por sexo em duas alas, a feminina composta por 24 mulheres e a masculina contendo 19 homens.

Abel acredita que muitas pessoas colocam os afazeres, os negócios e os prazeres como empecilho na hora de ajudar. “O negócio é não se acomodar, é preciso ajudar. E a gente recebe aquilo que dá. Se demos coisas boas vamos ter o mesmo de retorno. Então não adianta plantar abobora e colher melancia”, acredita.

Para Abel realizar um trabalho voluntário é algo que não beneficia só quem recebe, mas muito mais aquele que faz. E é pensando dessa maneira que o aposentado também é voluntário no Hospital Cirurgia dois dias na semana. “Todo dia estou no asilo, e nas terças e quartas antes de ir vê os idosos passo no hospital”, conta.

Enquanto Maria Laudeci se dedica a cuidar da ala dos homens no Asilo Rio Branco, Abel se dedica mais a ala das mulheres. “A gente vai se afinando com as criaturas e quando a gente não os vê sente uma falta. Eu converso, leio o evangelho, ajudo na comida e coloco na cama”, explica Abel.

CAPACITAÇÃO

Mas em algumas instituições, não adianta só ter vontade e tempo de ajudar, é preciso se especializar. Para isso, as entidades realizam curso para profissionalizar o trabalho realizado, a fim de garantir um melhor atendimento ao paciente.

Por isso, a assistente social Michelline Figueiredo Franco, que trabalha no Asilo Rio Branco, enfatiza a importância do aprimoramento dos voluntários que atuam na entidade. “Realizamos o curso de Cuidador de Idosos, que prepara a pessoa para lidar com o idoso, ensinando como levantá-lo, sentá-lo e também na forma de alimentá-los”, conta.

Os cursos são ministrados por terapeutas, geriatras e equipes do Corpo de Bombeiro, e são feitos a depender da necessidade, quando aparecem voluntários as turmas são abertas e eles recebem a capacitação, que permite com que o trabalho que irão desenvolver seja uma atividade que realmente ajude o idoso. “Porque é necessário ter cuidado na hora de levantar, se não souberem como fazer pode até acabar causando um problema”, avalia.

Mas os voluntários não substituem a necessidade de uma equipe técnica. Por isso as instituições devem possuir em seu quadro profissionais de diversas áreas. “Nossa equipe técnica é composta por enfermeiras, auxiliar de enfermagem, psicólogas, nutricionistas e pela equipe de serviços gerais”, conta Michelline Figueiredo.

Então o voluntário vem para somar nas entidades filantrópicas. Vem para agregar esforços em prol do bem estar do outro, e não para substituir os profissionais que devem atuar nas instituições.

O trabalho voluntário é feito sem recebimento de qualquer remuneração ou lucro, então isso sem dúvida permite que as entidades ajudem um maior número de pessoas. “Sem eles seria difícil, porque eles observam de perto os idosos, nos contam as suas necessidades e com isso melhoramos o atendimento”, avalia Michelline.

CARTEIRA DE VOLUNTÁRIO

Antes que a pessoa receba a carteirinha de voluntario é preciso que ela demonstre frequência. “Observamos se há interesse mesmo em ajudar, se existiu afinidade entre a pessoa e os idosos, e só depois consideramos essa pessoa um voluntário da instituição. Porque muitas pessoas realizam visitas esporádicas, sem vínculo, e os 30 voluntários que temos atuam diariamente no trabalho com os idosos”, explica Michelline Figueiredo, assistente social do asilo.

Embora esses exemplos sejam verdadeiras lições de vida, há muito mais necessitados de ajuda do que pessoas dispostas a ajudar. Então, adote o trabalho voluntário também. Conheça a sensação única e indescritível de doar o melhor de si para ajudar o próximo. Sem dúvida, vale a pena.

Faça a diferença, seja um doador em vida

Por: Andréa OLiveira (Matéria Publicada no site: www.cinform.com.br)

Existe um tipo de doação muito simples e pouco conhecida pelos sergipanos, a doação da medula óssea. Qualquer pessoa que não tenha uma doença infectocontagiosa pode ser doadora de medula. O individuo precisa ter entre 18 e 55 anos e ir até o Hemose para coletar 10 ml de sangue, preencher um formulário de inscrição e entregar uma foto 3x4.

No Hemose a coleta para ser doador de medula acontece na segunda e terça-feira, das 7h às 17h. De acordo com a assistente social da instituição, Andreza Ribeiro, o motivo da coleta acontecer só nesses dois dias se deve ao fato de ter que enviar o sangue coletado na quarta-feira para que seja feita a análise em um laboratório em Recife/ Pernambuco.

“Após o envio da coleta, é feito em Recife o exame de histocompatibilidade (HLA), onde é feita a análise das características genéticas. Em seguida o doador e seus dados pessoais são cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – Redome –, que é um cadastro nacional de doadores de medula”, explica Andreza Ribeiro. Esse cadastro foi feito pelo Instituto do Câncer – Inca – localizado no Rio de Janeiro.

O que esse cadastro significa? Que no dias em que um paciente com leucemia necessitar do tratamento com medula óssea, seu médico vai acessar o cadastro do Redome para encontrar alguém compatível para realizar a doação da medula. Ou seja, em caso de compatibilidade, o Registro Nacional de Doadores de Medula entra em contato com o possível doador da medula e o convoca a realizar uma bateria de exames, para vê se a pessoa tem condições clínicas de doar a medula.

Por isso é importante que o doador mantenha sempre seu cadastro atualizado, para que seja rapidamente localizado em caso de compatibilidade. Depois da realização dos exames, os médicos chegam à conclusão se o doador é adequado ou não para o paciente com leucemia. Em caso positivo, o Sistema Único de Saúde – SUS – custeia a viagem do doador para o local onde será realizado o procedimento de retirada da medula.

Mas, caso o doador não queira mais realizar o procedimento, ele tem o direito de se recusar a fazê-lo. Basta dizer que não quer. Por isso, é de suma importância que na hora de preencher a ficha de cadastro no Hemose, o doador tenha a consciência de que seu gesto é um ato de amor ao próximo e que na hora do vamos ver não volte atrás.

PROCEDIMENTO DE COLETA DE MEDULA

Existem dois tipos de procedimento para retirada da medula: uma por punção direta da medula óssea e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese).

A punção direta da medula é realizada com agulha, na região da nádega e retira-se uma quantidade de “tutano” (medula) equivalente a uma bolsa de sangue. Durante essa retirada o doador recebe uma anestesia e o procedimento dura 40 minutos. O doador fica sob observação durante 24 horas, em seguida pode retornar as suas atividades. E a sensação do doador é que ele recebeu uma injeção oleosa. O procedimento não deixa cicatriz, apenas uma marca de três a cinco furos de agulha.

Já a coleta pela veia é feita pela máquina de aférese. Para esse procedimento o doador passa a receber durante cinco dias um medicamento para estimular a proliferação das células mãe. As células mãe migram da medula para as veias e são filtradas. Esse processo de filtração dura aproximadamente quatro horas, até que se obtenha o número adequado de células.

O efeito colateral do doador que realiza a punção direta da medula óssea é somente o risco de se submeter à anestesia. E no caso da filtração de células-mãe, o único efeito colateral do medicamento é que ele pode dar uma dor no corpo, como uma gripe. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.


COMO É FEITO O RECEBIMENTO DA MEDULA OSSÉA

O paciente com leucemia recebe a medula óssea como se estivesse realizando uma transfusão de sangue. “Foi super tranquilo, eu estava com medo de como seria, mas foi como se eu estivesse recebendo uma doação de sangue”, recorda Daniela Lima do Nascimento, que recebeu há mais de dois anos a medula da irmã.

Daniela descobriu que tinha leucemia no ano de 2007, recebeu inúmeras transfusões de sangue, realizou várias sessões de quimioterapia foi internada três vezes. Em uma delas passou mais de um mês no hospital. Meses depois os médicos solicitaram que alguns familiares da jovem (pai, mãe e dois irmãos) realizassem os exames de compatibilidade para doação de medula.

“A única que foi compatível 100% foi minha irmã Marcela Lima”, conta. Após encontrar um doador compatível, Daniela e Marcela foram para Recife onde realizaram os procedimentos. “Deu tudo certo e hoje aos 32 anos estou sadia. Venho ao Hospital de Urgência de Sergipe só para fazer exames de rotina”, alegra-se Daniela.

É importante salientar que o Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo. No país 92% dos transplantes de órgãos são financiados pelo Sistema Único de Saúde – SUS. E a viagem da jovem foi toda bancada pelo SUS, é o chamado tratamento fora do domicílio, que bancou as viagens e a alimentação.

Outro caso em que a doação será realizada por um irmão, é o da garota Joyce Pereira Fontes, 10. Há um ano a menina descobriu que tinha leucemia. A doação vai acontecer em breve na cidade de São Paulo. “Minha filha já fez várias quimioterapias, recebeu sangue, plaquetas, plasma e graças a Deus vai realizar a medula do irmão José Fontes, que tem 12 anos”, agradece Geane Pereira dos Santos. A espera agora é só pelos recursos que já foram solicitados para a viagem.

De cada 100 mil cadastrados, as Centrais de Transplantes só conseguem um doador compatível dentre aqueles que não são parentes do paciente. É importante ressaltar que 90 dias após a doação, a medula já está íntegra novamente.

Para entrar em contato com a Central de Transplante de Sergipe é só telefonar para o 3259-3491 / 3216-2870. E o númedo do Hemose é 3259-3191.

Doação: um gesto que salva vidas

Por: Andréa Oliveira (Matéria publicada no site: www.cinform.com.br)

Na Central de Transplantes não se sabe ao certo quantas pessoas necessitam de transplante de medula óssea. Mas Sergipe precisa de centenas de doadores de outros órgãos. No Estado há 602 pessoas na lista de espera aguardando por um transplante - 302 precisam de córneas e 300 necessitam de rins.

Para se ter uma idéia, da demanda de Sergipe, em 2009, foram realizados 18 transplantes de rim e 102 de córneas. Em 2010, foram sete transplantes de rim, 82 córneas e um de osso. Até fevereiro desse ano foram feitos 18 transplantes de córnea.

De acordo com o coordenador da Central de Transplante de Sergipe, Benito Oliveira Fernandez, o estado tem uma demanda grande, mas esbarra na falta de comunicação de casos de morte cerebral por parte da equipe médica e também na falta de informação dos familiares da vítima.

“A equipe médica nem sempre nós comunica. A Central é que fica monitorando os hospitais em busca de casos de morte cerebral. E quando encontramos é necessário que se realize uma série de exames para comprovar a morte do paciente, só ai podemos retirar os órgão”, informa.

Para ser um doador, a equipe médica do hospital tem que fazer o diagnóstico da morte encefálica. Se o paciente está em estado grave, vítima de traumatismo crânio-encefálico e tumoração no cérebro, por exemplo, respira com a ajuda de aparelhos e não tem atividade cerebral, ele é um doador em potencial.

A equipe médica então comunica à família do paciente que vai iniciar os procedimentos para comprovar a morte encefálica. São realizadas duas avaliações clínico-neurológicas feitas por médicos diferentes. Depois é feito um exame gráfico para comprovar se há atividade elétrica e fluxo sanguíneo no cérebro. Se comprovada a morte cerebral, a equipe emite o atestado de óbito e pede autorização à família para fazer a doação.

É nesse momento que a equipe da Central de Transplante encontra o segundo entrave na luta pela vida. A família do paciente por desconhecimento da legislação brasileira que regula os procedimentos realizados para confirmar a morte cerebral se recusa a doar os órgãos.

Este fato revela um dado preocupante. Apesar de numerosos doadores em potencial, a equipe da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos – CIHDOT - do Hospital Geral de Urgência de Sergipe – Huse -, não conseguiu captar nenhum órgão de pacientes que morreram na instituição.

Benito Fernandez cita que por conta dos avanços da tecnologia é possível manter um cadáver com o coração batendo. “As famílias acreditam que se o coração ainda está batendo o paciente ainda vive. Mas as pessoas precisam ter o conhecimento de que é o cérebro quem comanda todas as atividades do indivíduo. E que se a atividade do encéfalo parou significa que o paciente está morto”, conta.

Segundo o coordenador da Central de Transplante, se não for feita a retirada rápido do coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões do paciente com morte encefálica, não será possível aproveitar alguns desses órgãos para salvar vidas. E é importante frisar que a retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra, e o doador terá a mesma aparência de antes.

AUTORIZAÇÃO

Sendo assim, após os exames para comprovar realmente a morte cerebral, a equipe médica deve tentar convencer a família a autorizar a doação dos órgãos o mais rápido possível. Para só assim o procedimento de coleta ser realizado.

Benito informa ainda, que mesmo que o paciente deixe por escrito o seu desejo de ser doador, isso não é suficiente para que a doação seja concretizada. “De acordo com a Lei 10.211/01 determina que o cônjuge ou parentes de até 2° grau (pai, mãe, avôs, irmãos, filhos e netos) são as pessoas responsáveis em assinar a autorização para a doação”, ressalta Benito.

Mas essa autorização nem sempre acontece a tempo. O problema é que muitas vezes a equipe médica acaba liberando os familiares para resolver os tramites do enterro e acabam com isso inviabilizando que eles assinem o termo em tempo hábil para que seja realizada a coleta dos órgãos. Com isso a equipe de transplante perde a chance de diminuir o número de pacientes que aguardam ansiosos por um doador compatível.

Sede da Associação Atlética de Sergipe é retrato do abandono

Por: Andréa Oliveira (publicada no site: http://www.cinform.com.br/


Visitar as instalações da Associação Atlética de Sergipe, localizada na rua Vila Cristina, bairro São José,na cidade de Aracaju/SE é de deixar os visitantes assustados com tamanha destruição. As quadras de futebol foram cobertas pelos matos, os banheiros estão destruídos, a piscina olímpica, nem se quiser dá para vê-la, tamanha quantidade de folhas e de matos que a cobriram totalmente. O trampolim da piscina parece que a qualquer momento vai desabar.

A sensação é de está dentro de um cenário de filme de terror, onde só se vê os escombros do que um dia foi um dos melhores clubes da cidade. Local de grandes carnavais, e que por conta do abandono se tornou um local propicio para a proliferação do mosquito da dengue e para moradia de mendigos, sem falar dos que usam o espaço para fumar e consumir drogas.

Por conta disso, o Ministério Público de Sergipe determinou a limpeza interna da Atlética, a decisão foi do juiz de Direito Aldo de Alburquerque Mello. E desde a terça-feira, 8, agentes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos – Emsurb – estão no clube para limpar o local, retirando a vegetação que tomou conta do local, capinagem, poda de árvores e retirada de vasilhames.

De acordo com José Ronildo, cabo de turma da Emsurb, os trabalhos serão realizados em no mínimo de 20 dias. Serão 12 homens trabalhando, de segunda à sábado das 8h até as 16h20. “O trabalho é grande porque no local tem muito entulho. E temos que tomar cuidado porque na terça um dos rapazes levou três picadas de abelha”, conta José.

HISTÓRIA

A Associação Atlética de Sergipe foi fundada em 24 de maio de 1925, em Aracaju/SE. E o clube de quase 86 anos já serviu de espaço para grandes gritos de carnaval, competições esportivas, realizada nas quadras de futebol ou na piscina olímpica, aniversários, casamentos, gincanas de escolas. Além de servir como um belo espaço de lazer da sociedade Sergipe.
Mas isso mudou desde que o espaço foi vendido e sem o conhecimento do Conselho de Administração para o empresário Edison José dos Santos. E de acordo com os autos do processo, a venda teria ultrapassado os R$ 3 milhões. E esse dinheiro seria usado para pagar dívidas junto à União, Receita Federal, Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Aracaju e ex-funcionários para sanar a crise do clube.

Na época muitos sócios foram contra a venda do clube, e por conta desse impasse o problema foi parar no Ministério Público Estadual e o prédio foi embargado em outubro de 2006. Desde então o local foi ficou esquecido, e o tempo tratou de ser extremamente cruel com a sede da Atlética, sem cuidados, o local de antigas festas, hoje é um retrato triste de um passado de tantas glórias.

O novo presidente da Associação Atlética de Sergipe, Josafá da Silva Santos que tomou posse em 2 de abril de 2009, acredita que depois dessa limpeza as coisas vão melhoras. “Estou confiante de que o clube vai ser reaberto, vamos atrás da Deso para religar o fornecimento de água e na Energiza para ter luz, em seguida vamos arrumar o restante da casa para que o clube volte aos tempos áureos de festas e de local para diversão”, deseja.