quinta-feira, 26 de março de 2009

Idosos são vítimas de violência doméstica.

Por: Andréa Oliveira e Nayana Araujo


O Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis (CAGV) registrou mais de 400 casos de violência contra o idoso e cerca de 90% dessas vítimas foram agredidas em seus lares no ano de 2006. Os números são alarmantes e demonstram o quanto é necessário combater essa violência cometida contra o idoso. Para minimizar essa problemática a Sociedade Médica de Sergipe (SOMESE) lançou no final do ano passado o II volume da cartilha "Pacto contra a Violência" voltada para o idoso, cuja finalidade é alertar a sociedade sobre a importância do mesmo, servindo de alerta também para o próprio idoso como forma de prevenção. A cartilha pode ser encontrada na própria sede da SOMESE, é o que informa os funcionários do próprio CAGV.


O Estatuto do Idoso que está em vigor desde 1º de Janeiro de 2004 diz em seu Art. 4º "Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei".


De acordo com a professora de História Maria do Carmo Batista a lei está em curso para protegê-los contra qualquer tipo de abuso, mas de todos os casos, o que mais chama atenção é a violência doméstica, pois a mesma é cometida por filhos, companheiros e cônjuges, noras, genros e vizinhos.

Agressores


Filhos

45,3%
Companheiros (as) e cônjuges
15,4%
Noras e genros
8,2%
Vizinhos
12,2%


Fonte: Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis

Aqueles que deveriam dar carinho, e assistência ao idoso se tornam seus algozes, o idoso, por falta de condições físicas, medo ou por amar seus agressores, acabam não denunciando o fato, e é tão difícil assegurar se os índices estão corretos, porque a violência doméstica muitas vezes ficará restrita ao agressor e ao agredido, que silenciam os horrores sofridos. Já no Art. 10 § 3º fala que "é dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor".


A Delegada e coordenadora do CAGV Daniela Ramos Lima Barreto diz que “A notificação desses casos é recente e vem crescendo à medida que a sociedade em geral vem tomando consciência dos direitos do idoso, que, na maioria das vezes tem dificuldade de locomoção.”
Dados da violência nos meses de fevereiro e março de 2007 são:
- 24 Boletins de ocorrência;
- 3 Boletins de ocorrência desistidos;
- 8 fins processuais;
- 19 Disk denúncia;
Natureza do crime: ameaça – 6; dano – 1; estelionato – 1; injúria – 9; pertubação – 9; vias de fato – 9.
Autoria: marido e esposa – 3; filho – 5; irmãos – 8; vizinho – 3; desconhecido – 3, conhecido – 5.
O Estatuto do idoso em seu Art. 19 define que “os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra o idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos: I – autoridade policial; II – Ministério Público; III Conselho Municipal do Idoso; IV – Conselho Estadual do Idoso; V – Conselho Nacional do Idoso.”
Conhecer o Estatuto contribui e muito para ajudá-los, não adianta fechar os olhos para essa realidade cruel, que vitimiza o idoso que muito colabora para o crescimento econômico e social, enfatiza a Pedagoga Maria Carmen de Oliveira.

Disk Denúncia

Através dos dados recentes da violência contra o idoso nos meses de fevereiro e março pode-se confirmar a importância do Disk denúncia para auxilio dessas vitima. Em caso de abuso físico, psicológico, financeiro ou sexual existe o Disk Idoso 0800-700500, além do número do Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis o 0800-790147 ou 3213-1238.
As denuncias também podem ser feitas no Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis localizada na Avenida Augusto Maynard, nº 247, no Bairro São José, onde poderão relatar os abusos sofridos a delegada em exercício Dr. Aparecida Filgueira de Sá.
Após a denúncia serão realizados os seguintes procedimentos: abertura do inquérito; termo de ocorrência; termo circunstanciado; termo de compromisso e quando não há entendimento entre as partes ou em casos mais graves é instaurado o inquérito policial.
Nos casos em que as vítimas não podem retornar a seus lares em decorrencia dos danos sofridos são encaminhadas a Casas de Abrigo, ambientes onde estarão seguras, pois o local para onde foram levadas só é do conhecimento da delegada e dos policiais envolvidos nas investigações.

MADONNA... Ou melhor, a cover dela.

Por: Andréa Oliveira

OBS: esse texto é do ano passado, foi uma trabalhinho da faculdade.


O site da UNIT destacava em sua entrada a palestra de Verônica Pires, segundo o mesmo, a cover oficial da Madonna que está acostumada a proferir palestras.

Na verdade essa foi a sua primeira palestra, e logo para estudantes de comunicação. Parecia uma aula prática de entrevista, por sinal muito mal aproveitada, foram feitas perguntas tolas, sem um mínimo de criatividade, que só poderiam ser respondidas pela verdadeira Madonna. Mas fazer o que, quem não tem a oficial se contenta com a cover...

Durante uma hora de perguntas e respostas, ficou nítido que a cover não tinha nada a oferecer de interessante aos acadêmicos de Comunicação, uma palestra que virou entrevista, a meu vê sem pé nem cabeça.

A Universidade Tiradentes já brindou seus alunos com presenças de grandes nomes do Jornalismo como Chaparro e Ricardo Kotcho, e esses sim tiveram muito o que falar e acrescentar aos futuros jornalistas. Mas pelo visto a UNIT ou um especialista da área tenha achado que a Cover oficial pudesse enriquecer seus alunos. Como e por que não sei.

Porque durante sua fala, nada de interessante foi dito, os alunos deveriam está nas salas de aulas aprendendo coisas mais úteis do que passarem mais de uma hora ouvindo blábláblá...

Madonna que me perdoe, ou melhor, a cover dela, mas uma coisa eu tenho certeza, ela devia estudar, aprender o inglês e procurar uma outra coisa para fazer. Porque Madonna, a original tem 50 anos e bate um bolão já a sua cover se muito faz é bater uma bolinha, e bola murcha!!

Quero vê nas universidades grandes nomes do Jornalismo sendo bombardeados de perguntas interessantes, pertinentes e que gerem conhecimento, porque futuros jornalistas precisam é disso. E não é nem um pouco proveitoso passar a noite toda escutando uma “palestra” com uma pessoa que diz que resolveu ser cover da Madonna como forma de agradecimento por tudo que ela aprendeu com a mesma. Mas o que realmente ela aprendeu? Se nem o inglês básico ela consegue falar? Haja paciência...

Dois casos e uma mesma problemática

Por: Andréa Oliveira

OBS: texto do semestre passado, mais uma atividade... e como esse caso estava em pauta eu comparei esse momento de espetacularização da imprensa com o que aconteceu com o ônibus 174, que virou um documentário do José Padinha e depois filme do Bruno Barreto.


Durante quase cem horas duas garotas foram feitas de refém, dentro do apartamento de uma delas na região do ABC Paulista, mas precisamente em Santo André. Um jovem de 22 anos Lindemberg Alves Fernandes era o algoz dessas meninas, uma delas sua ex-namorada. A imprensa batia na tecla de um crime passional, um jovem sem antecedentes criminais, que só queria reatar um namoro, mas não foi isso que vimos. A tragédia foi sendo observada pelos milhares de telespectadores que zapiavam os canais a procura de melhores imagens, novos ângulos, depoimentos e até mesmo para ouvir a palavra do seqüestrador.

Em um determinado momento Lindemberg, o jovem coitadinho (imagem que a própria imprensa criou), sabia bem o que estava fazendo. Tanto que em uma de suas falas ele disse “cuidado viu para não acontecer à mesma coisa que no ônibus no Rio de Janeiro, quando um policial metido a sabichão matou a refém”.

Após essa fala, rapidamente lembrei do caso: O rapaz estava se referindo à tragédia carioca que aconteceu no Bairro Jardim Botânico, no dia 12 de junho de 2000, ou seja, o Ônibus 174. Onde uma refém foi morta por um policial após passar quatro horas nas mãos do seqüestrador Sandro do Nascimento.

Mas o que essas duas histórias tem em comum além da morte das reféns? A participação ativa da imprensa nos dois casos, sendo que o telespectador acompanhou o desenrolar da história pela tv, assistindo as tragédias como se fosse uma novela. Episódios que duraram quatros horas, no caso do Rio de Janeiro e cem horas em São Paulo, no seqüestro envolvendo as duas meninas. A imprensa desenhava esses episódios. No caso do Rio de Janeiro ela retratava o seqüestrador Sandro como um jovem negro, viciado, que participou da chacina de Candelária, deixando-o repleto de estereótipos negativos. Já o Lindemberg, sua imagem antes do fim trágico do caso, era de um jovem trabalhador, sem antecedentes, que precisava apenas de ajuda por estar transtornado pelo fim do namoro.

A imprensa sem dúvida controlava todos os acontecimentos, transmitindo de maneira sensacionalista as duas tragédias. Isso sempre pensando na audiência, porque hoje, para os meios de comunicação, a “venda” do produto é de fundamental importância. Para comprovar isso basta assistir a um documentário intitulado “Ônibus 174” que mostra a falta de preparo dos policiais, (motivo de debate nos dois casos) e do poder da imprensa.
A mídia tem um poder tão grande, que em muitos casos ela até atrapalha de alguma forma a situação que está acontecendo. Vou transcrever um dos depoimentos do documentário do cineasta José Padilha, (o mesmo do filme Tropa de Elite), onde um policial fala “a gente podia sim atirar no Sandro, mas nós teríamos meio quilo de massa encefálica no vidro do ônibus e eu não gostaria de assistir isso, a sociedade não ia gostar”.

E uma pergunta me vem à mente: Até que ponto a imprensa limitou o trabalho da policia no Rio de Janeiro e novamente no caso de São Paulo? Essa resposta só Deus sabe!!!

Agora o que vemos é um bombardeio a passividade da policia, a imprensa fica a todo o momento falando: “deveriam ter invadido, demoraram muito”. Esse mesmo discurso foi dito há oito anos no caso do Ônibus 174, mas o que a imprensa deveria fazer é divulgar a falta de equipamento e de preparo da policia.

Assistir ao documentário é se aproximar da realidade e nele é visível o despreparo da policia, o medo de errar em frente às câmeras, e quando a ação é feita parece que tudo foi realizado sem o devido preparo, ocasionando a morte não do algoz mais da vítima. Em São Paulo os policiais colocavam um copo na parede para ouvir o que se passava no apartamento do seqüestrador, onde estão os equipamentos de alta tecnologia? Essa realidade nós não vemos.

Nos momentos de gravidade como os citados, que a população toma consciência de que está desprotegida, a mercê, a violência invade o ônibus, apartamentos e reféns são mortos. A imprensa deveria parar de dramatizar essas ações e de criar na verdade espetáculos com a tragédia alheia, afinal esse não é o seu papel.

As emissoras ao invés de só fazerem criticas, poderiam parabenizar a policia que mesmo sem preparo vai para linha de frente tentar combater o crime. Não adianta bombardear a polícia, ouvir milhares de especialistas ou gente “super entendida”. Falar é fácil, difícil é agir.

Uma coisa eu sei: a professora Geisa Firmo Gonçalves tinha 20 anos quando morreu, vítima de um tiro de um policial que errou o alvo e Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, vítima de Lindemberg, se foram. E em poucos dias essa última vítima fará parte das estatísticas da violência, será mais um número, porque a imprensa vai se encarregar de um novo caso que chame a atenção do telespectador. Ao invés da mídia aproveitar para enfatizar que elas poderiam ter tido outro fim se a imprensa não espetacularizasse tanto os casos e se a polícia fosse bem mais preparada para combater crises como essas.

Dislexia: Esse problema tem solução

Por: Andréa Oliveira e Juliana Moura

OBS: Esse texto demorou mas foi publicado no Jornal Laboratorio...


O começo da aprendizagem tem inicio na escola, onde serão transmitidos os ensinamentos de forma sistemática, mas alguns alunos não conseguem acompanhar o ritmo imposto, não prestam atenção, não lêem e são inquietos, em muitos casos são tachados de preguiçosos, desatentos. Ao contrário do que muitos ainda pensam, esse tipo de problema é uma doença e recebe o nome de Dislexia.Um distúrbio de aprendizagem que atinge crianças com dificuldades específicas de leitura e escrita, cujo diagnóstico é pouco conhecido no meio escolar. Ainda que tais crianças possuam inteligência normal, saúde e órgãos sensoriais perfeitos bem como o estado emocional considerado normal.


Percebendo que são rotuladas por não acompanharem os colegas, essas crianças ficam dispersas, retraídas, agitadas, frustradas e desinteressadas pela aprendizagem em decorrência desses fatores que acabam provocando notas baixas e afetam a sua auto estima.

O Histórico de vida do disléxico está associado a alguns fatores como: a doença é comprovadamente genética; nascimento de parto difícil; aquisição de doença infecta contagiosa acompanhada de convulsão; atraso na aquisição de linguagem; atraso para andar e a problemas de dominância lateral (uso retardado da mão esquerda ou direita). Pesquisas realizadas comprovam que entre 0,5% e 17% da população mundial é disléxica.

É necessário que pedagogos estejam atentos a essas crianças, pois quando se depararem com alunos com histórico de repetência, demorando a ler e escrever, tendo dificuldades em soletrar, associar símbolos em seqüência, nomear objeto, entender tabuada, dificuldade na coordenação motora, confusão entre esquerda e direita, dificuldade na memória, desatenção e dispersão, pode-se estar diante de um dislexo.
O importante neste momento não é tentar resolver o problema e sim detectar e encaminhar a profissionais que conheçam e convivam com esse tipo de distúrbio. Identificado os sintomas, é preciso procurar uma avaliação multidisciplinar, sendo composto por Psicólogos, Fonoaudiólogos, Psicopedagogo Clínico e em alguns casos Neurologistas, para uma investigação mais profunda. A criança começará um tratamento, precisando também de suporte e a ajuda dos pais e professores. É, portanto um trabalho em conjunto, onde o principal objetivo é criar estratégias para facilitar o desenvolvimento intelectual da criança disléxica, fazendo jogos e leituras compartilhadas, focando mais os acertos em sala de aula, mostrando que a criança é capaz, realizando atividades específicas para desenvolver a escrita e a memória. Para dar ajuda aos profissionais, aos pais e aos parentes, foram criados lugares de auxílio aos disléxicos como a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), Associação Nacional de Dislexia (AND) entre outras, que promovem curso de formação em dislexia direcionado para profissionais, palestras em escolas, faculdades, comunidades, clínicas, Simpósios e encontro entre os disléxicos.
Cabe a escola ser sensível com os casos de dislexia para que as crianças não sejam mais humilhadas, nem privadas de suas descobertas, levando as mesmas a descobrirem suas habilidades e caminhos para aprender. Se a doença não for detectada quando criança o problema irá persistir, prejudicando aspectos afetivos emocionais quando adulto, trazendo como conseqüência a depressão, ansiedade, baixa auto estima, e em alguns casos o uso de drogas e álcool.
E todos juntos poderão contribuir para o tratamento como foi mencionado anteriormente, de forma bem simples, não chamando a criança disléxica de preguiçosa ou desleixada, não compará-la com outras crianças que estão mais adiantadas, não obrigá-la a ler em voz alta. Devendo, portanto incentivá-la, valorizando suas pequenas mais significativas descobertas, permitindo que ela fale sobre suas dificuldades, e possibilitando a ela perceber que pode realizar muitas tarefas com sucesso.

A dislexia não tem cura, mas pode ser tratada, fazendo com que a pessoa possa levar uma vida normal.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Coisas minhas

Não sei como falar uma coisa para um grande amigo meu, não quero magoá-lo, dificil isso viu!! Estou aqui sem saber o que fazer, como agir, e por falta de alguém que possa escutar minhas lamentações, entrei no meu blog para me expressar, preciso falar, gritar, tentar entender essa semana, a minha cabeça está cheia de problemas, são tantas coisas, situações que não sei como lidar.
O ser humano é muito complicado, e quanto mais eu conheço uma pessoa menos gosto dela, ando cheia de questionamentos, dúvidas que permeiam meus pensamentos. Como por exemplo, porque eu sou tão passiva na relação, me deixo ser conduzida como uma marionete, vivendo em função de alguém que nem sempre valoriza as minhas ações. Está tudo tão confuso, ou eu estou exagerando as coisas, não sei ao certo, a única coisa que tenho certeza é da minha decepção. E quando falo em decepção estou me referindo a mim mesma, a forma como vivo, e me comporto é que me deixa triste, não adianta culpar alguém pelas minhas limitações, é tão doloroso vê como a minha vida está, pode até parecer melancolico, mais é verdade.
Não quero que sintam pena de mim, nem nada disso, só preciso desabafar, falar, mesmo que não diga tudo aqui, nem que não cite nomes, me sinto melhor agora que escrevi. Alivio, mesmo que temporario, porque as minhas indagações irão permanecer.
É tão estressante tentar suavizar os problemas dos outros, eu meio que vou servindo de deposito, e tem hora que estou cheia, prestes a explodir, sem ter uma válvula de escape...